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Goianésia, Breu e Tucuruí formam triângulo da morte de prefeitos da Região dos Lagos

As cidades de Goianésia, Breu Branco e Tucuruí estão separados por 60 quilômetros, mas as três fazem parte da chamada Região dos Lagos. As duas últimas são quase gêmeas e estão a menos de 10 km uma da outra. Em menos de dois anos, os três municípios perderam seus prefeitos de forma violenta.

A primeira vítima entre eles foi João Gomes da Silva (PR), conhecido como “Russo”, que acompanhava um velório no centro da cidade no momento do crime, no dia 24 de janeiro de 2016. Nascido em Barras, no Piauí, ele tinha 62 anos e ocupava o cargo desde 2013.

Segundo informações preliminares, um homem que já estava no local fez os disparos contra o político e fugiu de moto com o apoio de um comparsa que o aguardava na área externa de onde ocorria o velório.

Um dos suspeitos de participar da morte do prefeito de Goianésia do Pará, João Gomes da Silva (PR), foi preso em Teresina (PI) em dezembro do ano passado.

O prefeito de Breu Branco, Diego Kolling, foi assassinado no início da manhã do dia 17 maio deste ano, enquanto pedalava uma bicicleta na companhia de amigos em um trecho da rodovia PA-263, que liga Tucuruí a Goianésia do Pará. Dois homens em uma moto fizeram os disparos a queima roupa e fugiram.

A vítima, de 34 anos, teria recebido um tiro no lado direito do peito e chegou a ser socorrido e encaminhado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade, mas não resistiu aos ferimentos. Até hoje, ninguém foi preso acusado do assassinato do prefeito de Breu Branco.

A morte também chegou de motocicleta para o prefeito de Tucuruí, Jones William (PMDB), assassinado com vários tiros em um atentado na tarde de hoje, terça-feira (25). Segundo testemunhas, ele estava na estrada que liga a cidade ao aeroporto, vistoriando uma operação tapa buraco, quando dois homens em uma moto o abordaram e atiraram várias vezes.

Jones William era enfermeiro e tinha 42 anos. Ele foi eleito prefeito em 2016 com 31268 votos, que representam 53.50% dos votos válidos. Ele era investigado pelo Ministério Público Estadual, que havia pedido seu afastamento por improbidade administrativa. Segundo o MPE, Jones é suspeito de direcionar contratos e licitações para um empresário local. O processo tramita em sigilo.

Na última sexta-feira, em Marabá, o empresário Demétrius Ribeiro foi assassinado com 12 tiros em via pública, causando grande comoção na cidade. Até agora, a Polícia não prendeu nenhum acusado de cometer o crime.

O governo do Estado precisa reforçar o policiamento na região sudeste do Pará e dar um basta aos crimes que vêm acontecendo. (Ulisses Pompeu)

Fonte: Correio de Carajás



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