Equipes da Polícia Civil do Estado do Tocantins cumpriram um mandado de prisão temporária, nesta manhã, contra um policial militar lotado em Marabá. Ele foi apresentado na Corregedoria da PM. A Justiça do Tocantins decretou a prisão, ainda, de mais um policial militar, que deve se apresentar em breve, e de um ex-policial, este considerado foragido.
Dois delegados que acompanham a equipe tocantinense em Marabá, procurados pelo Correio de Carajás, se recusaram a falar sobre o caso, mas a Reportagem apurou que as decisões judiciais são decorrentes das investigações da morte do advogado Danillo Sandes Pereira, de 30 anos, ocorrida em julho passado, em Araguaína, no estado vizinho. No final de agosto foi preso, também em Marabá, o farmacêutico Robson Barbosa Santos, suspeito de ser o mandante do crime.
Em entrevista exclusiva ao Grupo Correio, o major Manoel Moura, membro da Corregedoria da PM em Marabá, confirmou a prisão. “A princípio essa ação envolve dois policiais militares nossos, mas é uma prisão cautelar, temporária, ainda não há muitos elementos a respeito do caso. Estão em andamento as investigações e entendemos, neste momento, até melhor preservarmos os nomes dos policiais para não atrapalhar o trabalho de investigação, pois ainda não é nada conclusivo e contundente”, declarou.
Em relação à atuação da Corregedoria, disse, o órgão ainda não confeccionou qualquer procedimento e vai aguardar o encerramento do inquérito em andamento junto à Polícia Civil do Tocantins. “Neste momento, na verdade, a gente só está cedendo o espaço para ser dado cumprimento a este mandado, mas a prisão está sendo efetivada pela Polícia Civil do Tocantins.
O preso deverá ser encaminhado para uma unidade militar do estado onde corre o processo. “Está sendo efetivada a prisão de somente um e ele será recambiado. O outro (militar) foi localizado, foi comunicado, mas neste momento não se encontra na cidade, está viajando e deverá se apresentar posteriormente para esclarecimento dos fatos”, finalizou.
O advogado da Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar em Marabá, Odilon Vieira Neto, acompanha o procedimento e, procurado pelo Correio de Carajás, comprometeu-se a se posicionar ao término dos trabalhos. O portal também entrou em contato com a assessoria de comunicação da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Segup) e aguarda envio de posicionamento.
RELEMBRE
Conforme divulgado em decorrência da prisão do farmacêutico, o advogado foi executado com dois tiros na nuca, no dia 25 de julho. As investigações apontam que a vítima saiu de casa na manhã em que desapareceu afirmando que iria para o município de Filadélfia, onde havia marcado um encontro, por telefone, com supostos clientes. Ele então estacionou em determinado ponto e entrou em um automóvel, onde se sentou no banco dianteiro, não sendo mais visto em vida.
O corpo foi localizado apenas cinco dias depois, em uma chácara a 18 quilômetros do centro urbano de Araguaína, em estado avançado de decomposição. A Polícia Civil do Tocantins divulgou para noticiários locais que o crime teria sido motivado pelo desentendimento entre o farmacêutico e os irmãos, herdeiros em um inventário em que o advogado estava atuando desde o ano passado.
Ainda conforme os veículos de comunicação locais, o patrimônio em questão é alto e Danillo estava representando cinco dos irmãos. Robson, no entanto, estaria sendo representado por outro profissional. (Luciana Marschall)
Fonte: Correio de Carajás
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