Até o final da tarde desta quarta-feira (25), a polícia ainda não tinha localizado o assaltante que fugiu ao cerco policial depois de assaltar uma mulher na Vila Sororó na tarde de terça-feira (24). O comparsa dele, identificado como Anion Sousa Cortes, de 24 anos, trocou tiros com a polícia, chegando a acertar pelo menos dois tiros na viatura, mas acabou sendo baleado e morreu na hora. O tiroteio ocorreu nas proximidades da ponte do Rio Sororó. A motocicleta roubada da vítima e uma moto usada pelos criminosos foram recuperadas.
De acordo com o delegado Toni Rodrigues Vargas, que colheu o depoimento dos militares envolvidos na intervenção policial, assim que a guarnição tomou conhecimento do assalto cometido contra a mulher, de quem os criminosos tomaram a moto, eles saíram no encalço da dupla e encontraram os suspeitos perto da ponte do Sororó.
Ainda segundo o delegado, ao se deparar com a guarnição, um dos bandidos abandonou a moto na beira da pista e correu para o mato, enquanto o outro rumou em direção aos policias e sacou um revólver calibre 38 (de numeração raspada) e atirou na direção dos militares, chegando a atingir a porta lateral bem onde estava um dos militares.
Caso a arma usada fosse uma pistola (por exemplo) a bala poderia ter transfixado a lataria do veículo e atingido o policial, Diante dessa situação, os policiais atiraram na direção do acusado e o neutralizaram. Enquanto isso, o outro assaltante já estava muito longe.
Ouvido pela reportagem, o coronel Franklin Roosevelt Wanzeler Fayal, disse que os policias estão prontos para salvaguardar a integridade física dos cidadãos e para agir de acordo com a lei, ainda que em casos extremos como este na Vila Sororó.
Por outro lado, a vítima do assaltante, que pediu para não ser identificada, conta que foi assaltada perto da Vila Sororó, em uma estrada vicinal, onde os dois acusados que estavam apenas em uma moto emparelharam com ele e lhe tomaram a motocicleta. Segundo ela, os bandidos lhe tomaram também a jaqueta, aliança e dinheiro. A vítima conta também que o bandido ainda levou os documentos da motocicleta dela.
A mulher dia ainda que depois que os criminosos foram embora, ela correu para a pista da BR-155 e conseguiu carona com um caminhoneiro com quem seguiu na direção da Vila Sororó e 5 Km depois da vila se deparou com uma viatura policial, tendo contado aos militares o que tinha acontecido. Daí em diante, os PMs tomaram conta da situação.
Também ouvida pelo Jornal, a mãe de Anion não passou a mão na cabeça do filho. “Ele era pessoa que andava malinando nas coisas dos outros, justamente foi por isso que ele morreu”, relatou, acrescentando que ele já tinha sido preso uma vez e que tinha uma oficina de moto e carro e tinha um lote de terras. Ou seja, poderia levar outro tipo de vida se quisesse.
Ela contou também que aconselhava o filho, mas ele nunca escutou. Por isso ela já imaginava que isso ia acontecer. “A gente sempre fica pensando, por mais que a gente peça para Deus, mas Deus não arrebata o coração de ninguém para entrar. A pessoa tem que dá lugar”, comenta.
Com a voz bem mansa, a mãe de Anion lamentou o fato de a polícia o matou ao invés de prender. “Eu achei errado matarem. Porque não prender?”, questiona.
A Reportagem do Jornal também conversou com a viúva de Anion. Ela disse que quando o conheceu havia pouco tempo que ele tinha sido solto, após passar um tempo na cadeia justamente por ter roubado uma moto. Ela disse que também chegou a dar conselhos a ele, mas o companheiro era violento e chegou a agredi-la. “A gente sempre espera o pior”, resume.
(Com informações de Josseli Carvalho)
Fonte: Jornal Correio
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