A propósito de matéria publicada neste Portal e no Jornal Correio na última quinta-feira, 20, revelando que Marcus Vinícius Medeiros Monteiro foi preso pela Polícia Civil acusando de crimes de estelionato e tráfico de influência para conseguir vaga na UTI do Hospital Regional Público do Sudeste Dr. Geraldo Veloso, em Marabá, a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) enviou nota à Redação quase 24 horas depois da publicação, esclarecendo alguns pontos.
Todavia, a Sespa não respondeu a principal pergunta da Reportagem, se iria, ou não, abrir sindicância para apurar possível participação de servidores do serviço de Regulação na venda de vagas na UTI do Hospital Regional. Na extensa nota, a Secretaria de Estado preocupou-se apenas em alertar as pessoas sobre “golpes contra usuários do SUS”. Leia a íntegra da nota da Sespa abaixo:
“A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) alerta a população sobre a prática de golpes contra usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) em tratamento ou internados em hospitais públicos. A prática dos golpistas é entrar em contato com os familiares se intitulando servidores da Secretaria ou de outros órgãos solicitando dinheiro para a facilitar ou garantir a realização de atendimentos cirúrgicos, exames e até medicamentos. Os criminosos cobram valores absurdos para o pagamento de procedimentos que são oferecidos gratuitamente pelo SUS.
Um desses casos ocorreu nesta semana quando um homem foi preso acusado de estelionato, afirmando para as vítimas que teria facilidades para conseguir vaga de UTI no Hospital Regional do Sudeste do Pará Dr. Geraldo Veloso (HRSP), em Marabá. Assim que a direção do HRSP teve a informação de que alguém estava cobrando por suposta vaga de leito na UTI da instituição, a Polícia Civil foi acionada e os acompanhantes informados, para caso fossem procurados com este intuito, acionassem imediatamente a polícia e fizessem boletim de ocorrência com a denúncia.
A Sespa reafirma que não compactua e não tolera com qualquer tipo de crime de extorsão, principalmente no que tange venda de serviços do sistema público de saúde. Conforme levantamento feito pela Secretaria de Estado de Administração e Casa Civil, foi constatado que o homem preso esta semana não tem nenhuma ligação com o quadro funcional do Estado.
O diretor de Desenvolvimento e Assistência aos Serviços de Saúde, Gilberto Penna, reforça que o procedimento não é legal e que os hospitais regionais realizam 100% dos serviços financiados pelo SUS. “A Sespa vem trabalhando para assegurar cada vez mais uma regulação eficaz com serviços de saúde assegurados à população. A Secretaria preza pelos princípios do SUS, portanto não cobra nada aos pacientes”, destacou.
A Sespa acrescenta que vítimas desse golpe devem sempre procurar a direção das unidades e se dirijam até a delegacia mais próxima, informando o fato ocorrido com registro de um Boletim de Ocorrência. Outro caminho importante é a Ouvidoria da Sespa, um canal de comunicação entre a gestão da Secretaria e a população. Este serviço é disponibilizado através de vários canais de acesso e a equipe estará sempre pronta para prestar todas as informações necessárias.”
(Ulisses Pompeu)
Fonte: Correio de Carajás
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