Em entrevista ao programa Correio Notícias, na Rádio Correio FM, na manhã de hoje (quinta), o diretor do Departamento Municipal de Transporte e Trânsito Urbano (DMTU), Jocenilson Silva, informou que serão intensificadas fiscalizações durante os quatro dias de Carnaval de Marabá. Conforme ele, uma reunião realizada nesta semana, junto com os demais órgãos de segurança, alinhou questões sobre a operação que será desencadeada nas festas.
“Vamos estar trabalhando as fiscalizações de trânsito para tentar inibir as práticas de descumprimento das leis de trânsito, o que é fundamental para que a gente possa trazer resultados positivos”, disse, acrescentando que o órgão trabalha, principalmente, educação para o trânsito e fiscalização.
“Trabalhamos na parte educativa para levar a mensagem de um trânsito seguro e humanizado para os condutores, ciclistas e pedestres. Essa é a nossa finalidade, levar essa mensagem para o condutor, tanto com as palestras como fiscalizações”.
Ele admite, no entanto, que o planejamento é apertado, uma vez que o efetivo do DMTU é reduzido para cobrir todas as noites do feriado prolongado. “São quatro noites de Carnaval com quatro pontos com festas e nosso efetivo ainda é muito reduzido, sobrecarrega um pouco, mas a reunião com os demais órgãos é para integrar, para termos um efetivo maior”, diz, sobre união com Guarda Municipal, Departamento de Trânsito do Estado do Pará (Detran), Polícia Militar (PM), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Postura e Corpo de Bombeiros.
“Alinhamos as operações e queremos deixar um recado aos condutores que, por ventura, venham beber e transitar nas vias. Sabemos que a Lei 13.281/2016 aumentou o valor das multas, para R$ 2.934, além de serem somados sete pontos na carteira, que é suspensa e recolhida na hora. O condutor ainda incorre em crime com pena de 3 a 5 anos de reclusão, sendo penalizado. A tolerância é zero no Carnaval, vai haver blitz nas quatro notes e estamos aí para trabalha para a sociedade”.
Rogério Matias, coordenador de Educação no Trânsito do DMTU, também participou da entrevista e defendeu a conscientização para diminuição das estatísticas ruins. “Temos hoje condutores, segundo especialistas, mal educados, no sentido de que não tivemos educação para o trânsito. A educação faz parte do tripé, no qual trabalhamos a engenharia, a fiscalização e a educação para o trânsito e deve funcionar, se um deles falhar teremos problema”.
Ele acrescenta que o objetivo do DMTU é trabalhar a questão a partir da escola, com as crianças, mas emergencialmente deve haver fiscalização junto aos condutores. “Nossa geração não teve isso. Para o Carnaval, de forma emergencial, temos que trabalhar com os condutores habilitados e alguns, infelizmente, não habilitados, que não deveriam estar conduzindo”, afirma.
Ele ressalta que o período não é desculpa para que os condutores infrinjam regras. “Nos preocupa que quando há recursos das multas, há pessoas que recorrem dizendo que era Carnaval. Seria cômico se não fosse trágico”, chamando a atenção principalmente para a mistura de bebida com direção, excesso de velocidade e uso de celular no trânsito.
“Entendemos que ninguém merece terminar em meio às ferragens, infelizmente no Brasil isso é muito comum e trágico, então chamamos a atenção para essa conduta preventiva. Não são apenas acidentes, ingerir bebida alcoólica e dirigir e depois dizer que foi acidente? Dirigir em alta velocidade e depois dizer que foi acidente? Não foi acidente, foi algo provocado”, finaliza. (Luciana Marschall)
Fonte: Correio de Carajás
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