Alunos da Escola de Ensino Médio Plinio Pinheiro promoveram um manifesto na manhã desta terça (20) para cobrar a reforma do educandário que, segundo os alunos, está há oito anos sem receber melhorias, mas que nos últimos três anos a situação ficou precária.
Carregando faixas com frases como “queremos aula”, “cadê a reforma?” e “Plinio pede socorro”, os alunos saíram da escola localizada na Marabá Pioneira, e seguiram até a frente do Grupo Correio de Comunicação, a fim de chamar a atenção da população e da mídia para a urgência de uma solução.
Kécia Gabriele, uma das 1.080 estudantes prejudicadas pela falta de aula, afirma que a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) proibiu que as aulas recomeçassem, já que atualmente a estrutura da escola não apresenta segurança aos alunos. “Já caiu o teto da biblioteca, da sala de informática e da sala do terceiro ano, além das infiltrações que estão por todas as paredes”, conta.
Ainda de acordo com a aluna, desde o ano passado é prometida uma reforma na Escola, já que esse ano estava programado iniciar as aulas em tempo integral para os alunos do ensino médio. As melhorias não foram realizadas e a falta de recursos e péssima estrutura do local estão impossibilitando até o início das aulas regulares.
Todas as escolas estaduais voltaram com as aulas no dia cinco deste mês. “Fomos pra aula no dia marcado e quando chegamos lá não pudemos entrar. Foi prevista uma suposta volta dia 19 (segunda-feira), mas nos foi dito que em relação às aulas está um ponto de interrogação. Sem previsão de quando as aulas irão retomar”, afirma Kécia.
O manifesto foi coordenado por um grupo de alunos, que mobilizou grande parte da Escola, inclusive os professores foram chamados, mas afirmaram que não poderiam ajudar os estudantes. Joyce Batista, 15 anos, aluna do segundo ano do ensino médio reclama da falta de apoio do corpo docente.
“Os professores falam que é direito nosso reivindicar, mas que não podem nos ajudar. Engraçado que quando eles entram em greve, querendo o salário deles, chamam os alunos com aquela história de ‘a maioria tem voz’ e nós os apoiamos. Ontem, quando pedimos ajuda, eles se negaram”, conta Joyce.
Sem apoio da gestão da escola, os alunos clamam aos governantes uma resposta em relação à reforma do local. “Enquanto nada for feito, não vamos ficar calados. Mesmo que sejamos a minoria, mas nós vamos lutar pelos nossos direitos. Não podemos ficar a mercê da falta de comprometimento deles. Nossa escola está caindo aos pedaços e muitos alunos estão sendo prejudicados, muitos irão prestar o Enem final do ano e nós estamos sem aula”, afirma a aula.
O Correio de Carajás tentou falar com a diretora da 4ª Unidade Regional de Educação (URE), Alcinara Jadão, mas o telefone dela está fora de área. A Reportagem segue tentando contato. (Ana Bortoletto)
Fonte: Correio de Carajás
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