Segmentação dos serviços
A estratégia da Gol é segmentar o serviço de transporte aéreo, oferecendo mais ou menos opções para os passageiros de acordo com o seu perfil. A iniciativa está em linha com a decisão da empresa de cobrar a bagagem despachada nas passagens promocionais, implementada em junho de 2017.
“Nosso objetivo é dar ao cliente Gol total controle sobre suas preferências individuais ao adquirir um bilhete aéreo para voar conosco”, afirma Eduardo Bernardes, vice-presidente de vendas e marketing da companhia, em comunicado.
Os clientes que comprarem a passagem nas tarifas Promo e Light, que são as mais baratas da empresa, não terão direito a despacho de bagagem gratuito nem a escolha de assento no momento da compra. Eles poderão, no entanto, contratar os serviços separadamente, pagando taxas adicionais.
Já aqueles que comprarem a passagem nas tarifas Max e Plus, que são mais caras, poderão despachar sua bagagem gratuitamente e escolher os assentos marcados na hora da compra, sem custos adicionais.
Reação da OAB
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) questiona a cobrança de assentos pela Gol e disse que vai entrar na Justiça contra a empresa. A entidade entrou com uma ação civil pública contra a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) quando ela permitiu que as empresas aéreas cobrassem pela bagagem despachada.
“Criar novas cobranças de maneira alguma pode ser uma forma de baratear os custos para o consumidor”, disse o presidente da OAB, Claudio Lamachia.
Concorrência
A Gol não é a única a seguir por esse caminho. Suas concorrentes Latam, Azul e Avianca também cobram pelo despacho de bagagem nas tarifas promocionais.
A Latam recentemente começou a cobrar pelo lanche servido a bordo e já anunciou que pretende cobrar também pela marcação de assento.