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Abatedouro clandestino de suínos é fechado em Marabá

Em operação desencadeada na manhã de hoje, terça-feira (27), para verificação de uma série de denúncias recebidas pelo Ministério Público do Estado do Pará, um abatedouro clandestino de suínos foi localizado e interditado no Bairro Jardim União, em Marabá. A ação realiza vistorias em vários pontos da cidade, incluindo feiras.

“Aqui no local identificamos a irregularidade, um local totalmente sem higiene, sem condições no manejo dos animais. Foi feita a autuação e o local será interditado, os animais serão retirados daqui e sacrificados”, informou o tenente Valino, da Polícia Militar, o qual acrescentou que no Estado do Pará não existem abatedouros de suínos regulamentados.

“A carne suína comercializada aqui vem de fora do estado e os órgãos públicos combatem com rigor essa questão porque é um crime contra a saúde pública o consumo de uma carne produzida de maneira irregular”.

No local, foram encontrados aproximadamente 30 animais. De acordo com a veterinária Samaya Paulino, fiscal da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará), é possível identificar que o ocorria o abate porque há equipamentos, como tacho de escaldagem dos suínos, além dos próprios animais.

“Havia informações, denúncias, de onde estavam sendo abatidos animais de forma clandestina, sem as legalizações e cuidados na manipulação. Esses animais não têm guia de trânsito, que é o documento oficial que identifica a origem deles, então serão recolhidos e encaminhados para o local de abate e será feito o sacrifício sanitário adequado desses animais”, informou.

O proprietário do local, Adonias Pereira dos Santos, informou ao Correio de Carajás que o abatedouro existe no mesmo local há aproximadamente 30 anos e que o comprou de outra pessoa recentemente, apesar de trabalhar com a atividade há mais de 20 anos.

Com câncer, ele lamentou a interdição do estabelecimento de onde tira o sustento da família. “Todo mundo sabe que nosso país é todo irregular, agora o homem que trabalha sabe que fazemos isso com muita dificuldade (…) estão levando o sustento dos meus filhos, não tem problema, eu já estou para morrer, mas estão empurrando meus filhos para serem ladrões, para uma lacuna que é a morte porque eu não tenho mais o que fazer, doente e sem poder trabalhar”.

Acrescentou, ainda, nunca ter recebido orientação adequada em relação à atividade. “Eu nunca fui intimado por um órgão público para poder me dizer o que é que eu teria que fazer, só diz agora que tá fechado. E meus filhos vão viver de que? Eu que tô precisando de exame de 1.260 reais, vou fazer o que?”, questionou. (Luciana Marschall, com informações de Evangelista Rocha)

Fonte: Correio de Carajás



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