Márcio Bazílio Furtado Rocha foi considerado culpado pela morte e ocultação do cadáver de Eliane de Souza Jorge, ex-companheira dele. Ele foi julgado nesta terça-feira (21), Fórum Juiz José Elias Monteiro Lopes, em Marabá, por um Conselho de Sentença formado por cinco homens e duas mulheres. O crime aconteceu no ano passado.
A sentença, definida pelo juiz Alexandre Hiroshi Arakaki, presidente do Tribunal do Júri, foi de 21 anos e 30 dias de prisão, que deverá ser cumprida inicialmente em regime fechado.
Foram 20 anos pelo homicídio, agravado por quatro qualificadoras: razão de gênero (feminicídio), meio cruel, motivo fútil e recurso que dificultou defesa da vítima. O restante da pena se deu em decorrência da ocultação de cadáver.
O caso teve grande repercussão em Marabá e região, mobilizando protestos contra a violência de gênero. De acordo com a denúncia do Ministério Público do Estado do Pará, os dois viveram juntos por 21 anos e tiveram quatro filhos.
Na tarde do dia 20 de setembro do ano passado, segundo as investigações, ele encontrou a vítima no local de trabalho dela e, juntos, eles seguiram até um motel. Após uma discussão sobre os filhos, Eliane foi tomar banho, enquanto o acusado foi até o carro, se armou com uma faca, seguiu até o box do banheiro e desferido um golpe próximo do pescoço da ex, enquanto ela estava de costas.
Em seguida, acrescenta a acusação, ambos travaram luta corporal e Eliane conseguiu jogar a faca pela janela do quarto, pedindo para que Márcio Bazílio a levasse ao hospital. O homem então a levou até a cama, a vestiu, lavou o banheiro e colocou a mulher no banco de trás do carro, ainda viva e consciente.
No caminho, entretanto, Eliane teria percebido que não estava sendo levada para o hospital e se jogou do veículo. Márcio é acusado de ter parado o carro, descido e asfixiado a vítima utilizando as mãos e um pedaço de cipó. O corpo dela então foi arrastado para um local mais afastado.
Após ser preso, no dia seguinte, ele acabou confessando na o crime e indicando o local onde escondeu o corpo. (Luciana Marschall – com informações de Chagas Filho)
Fonte: Correio de Carajás
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