A calmaria do Residencial Tiradentes, em Marabá, foi quebrada na manhã desta quarta-feira, dia 19, por um homicídio registrado próximo das 11h30. O agente de portaria Djaci Cerdeira Santos, que também era professor de artes marciais, foi executado a tiros.
Funcionária da Prefeitura Municipal de Marabá, a vítima trabalhava no Nei Raimunda Oliveira Rocha, em Morada Nova. Além disso, participava de um projeto voltado ao ensino de karatê para crianças carentes do bairro. (Luciana Marschall)
A partir de amanhã, sexta-feira (21), a delegada Raissa Beleboni, do Departamento de Homicídios, começa a tomar o depoimento de familiares e de pessoas próximas a Djaci Cerdeira Santos, de 41 anos, executado a tiros na porta da própria casa, na manhã de ontem (19), no Residencial Tiradentes. Ele pode ter sido assassinado por vingança ou pode ainda ter sido confundido com um dos filhos que tinha passagem pela polícia. A vítima era professor de Karatê e trabalhava como agente de portaria do Núcleo de Educação Infantil (NEI) Raimunda Oliveira Rocha, que funciona lá mesmo no residencial.
O assassinato aconteceu por volta das 10h40 da manhã, quando os criminosos chegaram em uma motocicleta. De acordo com uma testemunha que pediu para não ser identificada, primeiramente foram disparados três tiros na vítima, em seguida houve uma pausa e logo depois mais um disparo foi dado; após isso mais um instante de silêncio e em seguida foram disparados dois tiros e só então os pistoleiros foram embora.
Acionados pelo Núcleo Integrado de Operações Policiais (NIOP-190) para comparecer ao local do crime, militares lotados no Posto Policial Destacado (PPD) de Morada Nova ainda encontraram a vítima com vida no local do baleamento. Eles fizeram o isolamento da área e acionaram uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), mas Djaci faleceu antes da chegada dos socorristas.
Diante disso, foi enviada uma equipe do Instituto Médico Legal (IML) de Marabá para fazer a perícia de local de crime e, junto com policiais civis do Departamento de Homicídios, colher alguma pista que possa ajudar a identificar os matadores.
O desespero foi grande entre os familiares e entre a vizinhança devido à violência e audácia dos criminosos que tiraram a vida de Djaci na porta de casa e em plena luz do dia. Diante desse quadro caótico encontrado no local, a delegada Raissa Beleboni disse que ficou difícil colher informações suficientes e seguras no local do crime.
INVESTIGAÇÃO
De acordo com a policial, durante o dia de hoje, quinta-feira (20), os familiares de Djaci devem fazer os rituais de velório e de sepultamento, de modo que, nesse momento, não é apropriado ainda intimar ninguém para tomar depoimentos, por isso esse trabalho se inicia somente amanhã.
Enquanto isso, delegada Raissa Beleboni pede às pessoas que tenham informações sobre o caso que auxiliem o trabalho policial por meio do Disque Denúncia, porque terão suas identidades mantidas em sigilo e todas as informações serão repassadas diretamente para ela.
Por outro lado, especula-se que Djaci não era o alvo dos criminosos. Os matadores estariam à procura de outro membro da família, possivelmente de um dos filhos da vítima, que não foi encontrado pelos pistoleiros. Testemunhas disseram ter visto duas pessoas em uma motocicleta participarem do crime, mas até o momento não informaram para as autoridades policiais quais os dados da moto utilizada pelos pistoleiros (como modelo, cor e placa) e tampouco falaram sobre as características físicas dos algozes do professor de karatê.
(Chagas Filho – Com informações de Josseli Carvalho)
Fonte: Correio de Carajás
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