Fique atento caso os sonhos ruins se tornem frequentes (Ilustração: Augusto Zambonato/SAÚDE é Vital)
Pode parecer exagero, mas aquelas situações apavorantes vividas durante o sono, das quais acordamos com taquicardia e respiração ofegante, por vezes caracterizam uma condição psiquiátrica. “Ter pesadelo não é necessariamente um problema. Mas se é frequente e carregado de forte componente emocional, causando sofrimento, indica um transtorno”, afirma o neurologista Luciano Ribeiro, do Instituto do Sono, em São Paulo.
Quando o quadro se torna rotineiro, gera cansaço, afeta a memória e a concentração e dificulta o convívio social e o desempenho no trabalho. Uma vez diagnosticado, o transtorno do pesadelo pode ser controlado com terapias comportamentais ou remédio à base de prazosina, substância que age sobre neurotransmissores relacionados à regulação do sono.
“Antes, porém, é preciso avaliar se por trás desses sonhos perturbadores não existe alguma doença específica que esteja alterando as condições cerebrais”, avisa Ribeiro. Nesse caso, a saída para fazer desaparecer o sofrimento noturno é tratar sua origem.
Entre as abordagens para reduzir os pesadelos está a chamada terapia do sonho lúcido. Trata-se de uma técnica na qual o paciente aprende a ter consciência do que está sonhando e, assim, consegue controlar a narrativa. Já na terapia do ensaio de imagens a pessoa é treinada a imaginar um desenrolar e um fim mais positivo para um sonho ruim recorrente.
Depressão: O distúrbio desorganiza o padrão de sono, causando interrupções e sonhos ruins.
Apneia do sono: A queda de oxigênio no cérebro durante os engasgos está ligada a pesadelos.
Ansiedade: Preocupação prolongada e intensa alimenta a essência negativa dos sonhos.
Estresse pós-traumático: Ao dormir, a pessoa revive situações de violência ou acidentes pelos quais passou.
Hipoglicemia noturna: A baixa de açúcar no sangue provoca insônia, suor frio e agitação mental durante o sono.
Parkinson: A queda do neurotransmissor dopamina pode desencadear o transtorno de pesadelo.
Fonte: Abril Saúde
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