Desaparecido desde as 19h30 da última quarta-feira (14), foi encontrado morto na manhã de ontem (16) o adolescente Josiel de Oliveira França, de 17 anos. Ele foi assassinado com mais de 60 facadas e teve o corpo jogado no Rio Tocantins. O crime, provavelmente, aconteceu na Folha 6 (Nova Marabá), mas o cadáver foi achado boiando perto da Marabá Pioneira. Josiel já teve passagem pelo Centro de Internação do Adolescente Masculino (CIAM).
Chama atenção nesse caso o fato de que o autor do crime teria enviado um áudio, pelo aplicativo de mensagens WhatsApp, para a mãe da vítima, dizendo que tinha matado o filho dela e jogado o corpo no rio. A família passou a procurar nas margens do Tocantins, até que por volta das 9h da manhã de ontem ele foi encontrado.
Ouvido pela reportagem do Jornal CORREIO no local onde o corpo foi achado, Miqueias Conceição da Silva, primo da vítima, confirmou que Josiel esteve internado no CIAM, saiu recentemente e passou um período “quieto”, mas depois voltou a se envolver com a criminalidade. “Deu no que deu”, resumiu o primo, acrescentando que a mãe da vítima dava muito conselho para ele sair dessa vida, trabalhar, fazer um curso, algo assim, mas ele não obedeceu.
“Que isso sirva de exemplo para os jovens que querem uma vida fácil, da forma errada, sem ouvir o conselho da mãe. Querem ganhar dinheiro fácil sem trabalhar. É um caminho sem volta”, alertou Miqueias, informando ainda que Josiel (embora tivesse apenas 17 anos) deixou uma filha de dois anos na orfandade. Josiel, inclusive, tinha uma tatuagem com o nome da filha no braço.
Ainda segundo Miqueias, a família começou a procurar pelo corpo de Josiel desde a cabeceira da ponte rodoferroviária, passando pela Folha 1, até por volta das 21h da última quinta-feira, mas somente pela manhã de ontem funcionários de uma náutica viram o cadáver boiando e avisaram ao Núcleo Integrado de Operações Policiais (NIOP-190).
Miqueias confirmou que a mãe de Josiel recebeu um áudio – cuja autoria ele não soube dizer – informando que tinham matado ele e jogado o corpo no rio. O caso agora será investigado pelo Departamento de Homicídios da Polícia Civil, em Marabá. O tal áudio em que o acusado confessaria o crime – caso seja encontrado mesmo – pode ser peça chave para o início das investigações. (Chagas Filho com informações de Josseli Carvalho)
Saiba mais
Duas coisas chamam atenção nesse caso. Primeiro a violência empregada no crime, com mais de 60 facadas desferidas principalmente no tórax e na garganta da vítima. Segundo a audácia do criminoso que teria mandado áudio para a mãe da vítima revelando que matara o filho dela e jogara o cadáver no rio. A família pede justiça.
Fonte: Correio de Carajás
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