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Moradores não querem Prosegur como vizinha

Moradores querem saída da Prosegur da Itacaiunas

Moradores da Avenida Itacaiunas e adjacências no Bairro Novo Horizonte, estão se mobilizando para elaborar uma ação coletiva – eles têm pressa – e ingressar no Ministério Público Estadual pedindo ajuda para que a Justiça proíba a Prosegur de reconstruir seu prédio naquela área residencial, onde ocorreu o maior assalto da história de Marabá na madrugada do dia 5 deste mês, quando uma quadrilha causou pânico e terror aos moradores.

José Costa Oliveira, residente na Itacaiunas, diz que para eles o assalto de uma semana atrás não terminou. Revelou que muitos moradores não conseguem dormir direito à noite e vários têm pesadelos todas as noites. Por conta de todo o contexto de violência que viveram naquela madrugada, os moradores estão assinando um documento para sensibilizar promotores do Ministério Público Estadual a ingressarem com uma ação na Justiça pedindo que a Prosegur seja obrigada a se mudar do bairro, indo para uma área comercial, longe das residências.

Outros moradores da redondeza confirmaram a intenção de “expulsar” a vizinha indesejada. “Ela só oferece risco para nós. Uma vez foi um túnel, agora esse assalto. Todo carro de vidros escuros que vemos passar na rua a gente já pensa que possa ser bandido fazendo avaliação da área”, diz Raimunda Costa, 52, também residente na Itacaiunas.

Trauma infantil

Na casa de número 1.670 da Avenida Itacaiunas a família continua sofrendo com as consequências do nefasto assalto. Ela não foi apenas a casa mais atingida na explosão, como também padece com uma criança de 9 anos de idade que está com síndrome de pânico desde a inesquecível madrugada do dia 5.

A menina, relata a mãe, não consegue dormir em casa. E nas noites em que tentou, ficou atormentada com as memórias de tudo que aconteceu há uma semana. Os dias seguintes foram muito perturbadores. A Prosegur contratou uma empresa para retirar os escombros de seu prédio e toda vez que o trator jogava os entulhos na caçamba basculante, a menina dava um grito. “Agora estamos pensando em levá-la a um psicológico, porque o problema está ficando grave”, diz a mãe.

Alunos sem aula

A Prosegur informou à direção da Escola Francisco Souza Ramos que a seguradora vai custear a reconstrução do prédio escolar, que teve sua estrutura comprometida com a explosão. Além disso, deve pagar também o aluguel de um prédio para o andamento das aulas até que a reforma seja concluída, no prazo de cerca de cinco meses.

Todavia, a empresa parece ter priorizado o próprio prédio. Colocou tapume na frente e começou a erguer um muro (veja foto com drone feita na tarde desta segunda-feira, dia 12). Acontece que ainda há uma indefinição sobre o prédio para onde os 450 estudantes do fundamental serão remanejados. Enquanto isso, os pais dos alunos estão pressionando a direção da escola sobre uma definição para o reinício das aulas.

Ou seja, a intenção da Prosegur é continuar com seu “prédio-bomba” numa área residencial. Os veículos de transporte de valores da empresa continuam entrando e saindo do prédio arrasado várias vezes por dia. Os vizinhos que comprem colete a prova de bala – e de bomba.

A Reportagem do CORREIO enviou à direção da Prosegur, por email, pedido de explicações sobre as medidas que estão e serão adotadas para reparar os danos causados às residências, escola, igreja, e sede da Sespa. Até o fechamento desta edição nenhuma resposta foi enviada.

Já a Assessoria de Comunicação da Semed confirmou que não há definição ainda. Hoje, terça-feira, 13, às 14h, haverá uma reunião na sede da Semed com a secretária de Educação, Ranyelle da Silva Septimio Carvalho, a equipe de engenharia da Prefeitura e a empresa Prosegur para definir as responsabilidades de cada ente e definir para onde os alunos serão remanejados enquanto a escola recebe reforma.

Fonte: CT ONLINE (Ulisses Pompeu)



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