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Marabá: Para defender a mãe, enteado mata padrasto e depois se entrega

Maxuell procurou a delegacia e informou ter matado o padrasto/ Foto: Josseli Carvalho

Inconformado em ver a mãe sendo agredida, Maxuell de Souza Santos, de 23 anos, matou o padrasto, Hartenildo de Souza Aguiar, 34 anos, a golpes de faca na madrugada desta segunda-feira, dia 24, véspera de Natal. Em seguida, apresentou-se espontaneamente na 21ª Seccional Urbana de Polícia Civil, onde foi autuado pelo homicídio.

O caso ocorreu por volta de 1 hora, na Folha 35, Nova Marabá. Segundo o Departamento de Homicídios da Polícia Civil, Hartenildo, embriagado, estava agredindo a companheira. Tentando defender a mãe, Maxuell deferiu quatro golpes de faca contra o padrasto. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) chegou a ser acionado, mas encontrou a vítima já sem vida.

Após o crime, Maxuell seguiu para a Folha 30 e informou ter matado o padrasto, acrescentando o endereço onde estava o corpo. A princípio, quem o atendeu e outras pessoas que estavam no prédio chegaram a duvidar do que ele dizia. Em contato com o Núcleo Integrado de Operações Policiais (Niop-190), no entanto, confirmou-se que o crime tinha ocorrido.

Uma irmã da vítima, que pediu para ter a identificação resguardada, informou ao Portal Correio de Carajás que o casal brigava frequentemente e vivia de idas e vindas. “Eles viviam indo e voltando, ninguém sabe nem quanto tempo estavam juntos, brigavam direto. Tínhamos medo de acontecer alguma coisa”, comentou.

Desesperada, Sandra não acreditava na morte do companheiro / Foto: Josseli Carvalho

O corpo de Hartenildo ficou caído na porta da residência onde aconteceu a desavença. No local, a companheira da vítima e mãe de Maxuell, Sandra Albuquerque da Silva, estava desesperada vendo o corpo do homem caído e se recusava a acreditar que ele estava morto. “Ele está vivo, leva ele para o hospital”, repetia, mesmo após a equipe de socorristas confirmar a morte.

À Reportagem, relatou que o companheiro ficava violento quando ingeria bebida alcoólica. “Quando ele bebe ele, endoidece. Mas eu nunca iria querer o mal dele, salva meu marido. Já, chorei, já gritei, já pedi. Só porque ele bebeu? Não é má pessoa, ele só falava demais”. Ela confirmou, ainda, ter sido agredida pelo homem naquela noite. “Quando ele chegou me bateu”.  Sobre o filho, não fez qualquer comentário.

Maxuell, ao chegar na delegacia, informou aos policiais estar arrependido e querer pagar pelo que fez. Procurado pelo Correio de Carajás, preferiu não conceder entrevista. (Luciana Marschall – com informações de Josseli Carvalho)

Fonte: Correio de Carajás



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