Badalado

Notícias

Correios: Atendimento ainda é precário

Quem passa pela Folha 33 diariamente já deve ter percebido a fila que se forma em frente ao Centro Logístico Grande Carajás da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. Essa semana, a Reportagem foi até lá para saber o que acham do serviço os clientes que dependem da empresa estatal para receber e enviar encomendas. Eram 15h de segunda-feira (12), o sol ardia a pino e as pessoas na fila não tinham onde se esquivar para fugir do calor de quase 40 graus. A reclamação mais ouvida foi de que as encomendas não chegam – inclusive as enviadas pelo Sedex – ou não são entregues sobre a justificativa de “endereço insuficiente”.

f_correis-1

“É muita gente na fila e a média é de duas horas para você tentar pegar sua encomenda. O problema é que nem sempre dá tempo dos Correios atenderem todo mundo. Toda vez que preciso receber meu produto aparece ‘Entrega não efetuada por motivos operacionais’, minha encomenda era para ter chegado no dia 6 de setembro”, reclama o funcionário público Alex Fagundes.

A dificuldade de Alex é que ele sai às 14h do trabalho, justamente o horário de atendimento da central. “Mas, para eu conseguir ser atendido eu teria que chegar na fila às 12h. Então minha encomenda vai voltar, porque os Correios não vão entregar. Sempre dão a mesma desculpa para um o serviço que é prestado mal e porcamente. E isso quando é prestado”, desabafa.

Na última semana, Alex esteve na Redação do Jornal CORRERIO com o intuito de tornar público sua insatisfação com os serviços do Centro Logístico Grande Carajás. Acontece que o prazo de entrega de sua encomenda era até o dia 6 de setembro e no dia 8 sua mercadoria ainda não havia chegado.

Nesta segunda-feira (13), encontramos Alex novamente na fila dos Correios tentando ainda retirar seu pacote. “Tinha que ter, no mínimo, um lugar apropriado para as pessoas que estão na fila ficarem esperando; um lugar que tenha cadeira, água e uma ventilação decente”, sugeriu o servidor público.

Na fila de espera, também estava o estudante Lucas Lima, de 19 anos, que tentava buscar pela terceira vez seu pedido. Ele conta que fez a compra no dia 20 de agosto e que seu pedido veio de Belém só na última segunda-feira (5).

Além da demora, Lucas também reclamou da entrega do produto em sua residência. Todas as vezes que o objeto saía para entrega, ele ficava, em vão, o dia todo em casa para poder receber a encomenda, mas no final do dia aparecia no sistema a mensagem de que não tinha ninguém no local.

“Eu consegui ligar para a central geral dos Correios e me falaram que a encomenda estava aqui [no Centro Logístico Grande Carajás, na Folha 33] e que o problema é aqui, que eles não colocaram o objeto no sistema. Não é a primeira vez que isso acontece. Outra vez, minha habilitação vinha de Belém também e demorou quase 20 dias para chegar aqui. Não efetuaram a entrega nas três tentativas, aí eu tive de vir buscar, quase voltou para Belém”.

A Reportagem tentou falar com algum responsável pelo Centro Logístico da ECT, mas o atendente disse que ninguém podia falar. Questionado, então, sobre o que é considerado “motivos operacionais” para as entregas não efetuadas, ele disse apenas que o termo significa problemas técnicos com o transporte dos Correios.

O Jornal CORREIO também entrou em contato com a assessoria de imprensa da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos a fim de saber o que é considerado como “motivo operacional” e por que o sistema acusa que a entrega não foi efetuada por não ter ninguém em casa quando, na verdade tem, segundo as reclamações dos usuários, no entanto, até o fechamento desta edição a empresa não se manifestou.

(Jackeline Chagas)

Fonte: CT ONLINE



Divulgar sua notícia, cadastre aqui!






>