Prefeitura fecha Praça São Francisco para reforma, enxota 107 vendedores e vereadores tentam conciliação.
Tangidos pela necessidade de reformar a Praça São Francisco, no Bairro Cidade Nova, os 107 vendedores ambulantes que tiravam seu sustento do local há mais de uma década agora não sabem para onde ir e como vão ganhar o pão de cada dia. Nesta segunda-feira (29), servidores do Código de Postura, da Prefeitura de Marabá, com apoio da Guarda Municipal, começaram a retirar os pontos de venda dos ambulantes de alimentação que teimavam em permanecer no local depois da notificação da última semana.
Na manhã desta segunda-feira, quatro vereadores atenderam a um convite dos vendedores ambulantes e foram à praça São Francisco reunir-se com eles. Ilker Moraes, vice-presidente da Câmara, foi acompanhado dos colegas Gilson Dias, Marcelo Alves e Cabo Rodrigo.
Depois de ouvir os vendedores, os vereadores criaram uma comissão com a participação de sete deles para intermediação de um diálogo com o prefeito Tião Miranda, com a finalidade de discutir onde essas famílias irão trabalhar a partir do início dessa reforma. “Há vários ramos de serviços que estavam instalados ali, desde alimentação, pula-pula, variedades, carros de passeio para crianças, entre outros. Vamos lutar para garantir a intermediação desse diálogo, como fizemos com a Feira da Velha Marabá”, recorda Ilker Moraes.
O engenheiro civil Valber André Araújo, responsável pela obra de reforma pela empresa CFS Lopes, disse que a Praça será toda reformada, desde a igreja até o ponto de táxi, mas em duas etapas. O custo da obra, revelou, está orçado em R$ 1.425.000,00 e deve demorar oito meses, com previsão de entrega para novembro deste ano. “Os dois quiosques serão revitalizados completamente e trocaremos o piso atual da praça por um industrial. Faremos reformar o ponto de táxi e deixar a praça dentro das normas de acessibilidade”, garantiu.
Em um entendimento entre a Secretaria de Obras e os ambulantes, o perímetro entre os quiosques e o ponto de táxi não será mexido no primeiro momento, permitindo que alguns vendedores permaneçam no local por um pouco mais de tempo, até que a primeira etapa seja concluída.
De acordo com Túlio Rosemiro, coordenador do Código de Postura, a praça será reformada e, diante disso, estão sendo retirados os 107 vendedores ambulantes do local, principalmente os trailers que ficavam fincados às margens da praça.
Segundo ele, o fim dessa atividade na praça está definido desde o ano de 2017 e os comerciantes informais já sabiam disso, embora estejam relutantes em deixar o local. Túlio diz que a praça está tomada por vendedores de alimentos, muitos dos quais utilizam botijões de gás ao ar livre, colocando em risco a vida das pessoas.
Ainda de acordo com Túlio Rosemiro, a prefeitura está realizando a operação “Calçada Livre”, em toda a cidade de Marabá, para devolver os espaços públicos para as pessoas. “Aqui há vendedor de açaí que domina umas quatro barracas. Muitos deles poderiam alugar um ponto e sair da informalidade, mas têm medo”.
Segundo o coordenador do Código de Postura do Município, embora os donos de trailers estejam reclamando, não haverá mais lugar para eles nos espaços públicos de Marabá. (Chagas Filho e Ulisses Pompeu)
Fonte: Correio de Carajás
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