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Acusados de chacina são liquidados em Marabá pela polícia

A Polícia Civil do Estado do Pará, em uma ação conjunta da Diretoria de Polícia do Interior e do Núcleo de Inteligência Policial, comunica que os nacionais Marlon Alves e Alan Alves vieram a óbito no fim da tarde de hoje, dia 03/05, após confronto com policiais civis em um bairro da Cidade de Marabá.

A ação policial ocorreu em decorrência da força-tarefa instituída pelo Delegado Geral, o Dr Alberto Teixeira, no dia seguinte ao dos crimes que ficou conhecido como “Chacina de Baião”, que vitimou 06 pessoas, dentre elas a ativista, a Sra Dilma, no dia 22 de março do corrente ano.

Através das investigações policiais, o esconderijo dos assassinos foi descoberto pela Polícia Civil que cercou a casa e deu voz de prisão aos acusados.

Contudo, armados, os irmãos Marlon Alves e Alan Alves reagiram a ação policial e efetuaram disparos de arma de fogo na direção dos agentes do Estado, que revidaram a agressão.

Feridos, os acusados ainda foram socorridos pelos policiais a unidade de saúde mais próxima, contudo vieram a óbito no deslocamento. Felizmente nenhum policial civil foi ferido na ação.

A “Chacina de Baião” ocorreu no dia 22 de março de 2019. Dos 07 envolvidos nesses crimes, 04 foram presos, 02 vieram a óbito em confronto com a Polícia e apenas 01 ainda está foragido.

As buscas pelo último envolvido, o Glaucimar Francisco Alves, vulgo Pirata, seguem intensas e a Polícia Civil continua sem medir esforços para dar a resposta social adequada a esse crime bárbaro que ocorreu na zona rural do Município de Baião.

O caso

A Polícia prendeu na terça-feira (26) o fazendeiro Fernando Ferreira Rosa Filho, 43, suspeito de ser o mandante de um triplo homicídio que ocorreu em Baião, nordeste do Pará. Outras três pessoas também foram assassinadas na região dois dias depois. O fazendeiro teve o mandado de prisão temporária expedido pela Justiça e foi localizado no município de Tucuruí, sudeste do estado.

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As primeiras mortes ocorreram no assentamento Salvador Allende. A liderança rural Dilma Ferreira Silva, integrante do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB); o esposo Claudionor Silva e um conhecido do casal, Hilton Lopes, foram encontrados mortos dentro de uma casa. As vítimas foram amarradas, amordaçadas e possivelmente esfaqueadas.

Ainda segundo a Polícia, o fazendeiro preso também é suspeito de ser o mandante da morte de três pessoas, que tiveram os corpos carbonizados e foram encontrados dois dias depois, no dia 24 de março, a 14 km do assentamento, em uma fazenda localizada nas imediações da vicinal da Martins, zona rural de Baião. Segundo a Polícia, os mortos na fazenda seriam um casal de caseiros e um tratorista.

Investigações

Segundo a Polícia, Fernando Filho é o dono da fazenda onde os três funcionários foram mortos e tiveram os corpos queimados. Inicialmente, não havia ligação entre os casos e não estavam relacionados a conflitos agrários. Duas testemunhas foram ouvidas sobre as mortes no assentamento. Foi deflagrada uma operação para prender o principal suspeito do triplo homicídio.

“Fernandinho”, como o fazendeiro Fernando Filho é conhecido, também é acusado de crimes na região, como envolvimento com tráfico de drogas, agiotagem, receptação, roubo a banco, homicídio, tentativa de homicídio e grilagem de terras.

Motivações dos crimes

A Polícia coletou provas que comprovaram que “Fernandinho” é responsável pela contratação irregular de funcionários para a fazenda onde três pessoas foram mortas. As investigações concluíram que os dois casos foram cometidos pelo mesmo grupo, a mando do fazendeiro.

De acordo com a polícia, Fernando mandou matar Dilma, o esposo e conhecido para ocupar uma parte das terras onde eles viviam e mandou assassinar os próprios funcionários da fazenda para evitar uma ação na Justiça do Trabalho.

Fonte: Correio de Carajás



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