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Vendedor é sequestrado por traficantes no Pará e família sepulta corpo errado

Familiares de um homem que estava hospedado em Marabá, no sudeste paraense, e foi sequestrado por traficantes, sepultaram um corpo errado por pensarem se tratar da vítima desaparecida. O raptado ficou quase 20 dias em poder dos criminosos, mas conseguiu escapar no último sábado (15).

De acordo com informações do portal Correio de Carajás, o representante de vendas Maicon da Silva Santos, que mora na cidade de Imperatriz, no Maranhão, foi sequestrado na madrugada do dia 28 de janeiro ao sair da casa da própria tia, que fica na cidade de Marabá.

“Fui surpreendido por um pessoal em um Gol branco. Me levaram para um cativeiro que fiquei durante 19 dias. Roubaram minha moto, meus pertences, fui torturado, todo queimado de cigarro”, relatou Maicon Silva ao portal Correio de Carajás.

“Hoje pela manhã [sábado], quando acordei, percebi que eles [sequestrados] tinham abandonado a casa. Aí eu forcei a porta e consegui sair. Saí na pista e pedi ajuda”, continuou o sequestrado.

Segundo relato da vítima, Maicon conseguiu ajuda para ir até uma delegacia, onde registrou Boletim de Ocorrência e conseguiu falar por telefone com a família.

O sequestrado relata ainda que, há cinco anos, morou em Marabá e acumulou uma dívida de droga com um traficante conhecido como “Neguim”. A vítima reconheceu o homem como um dos criminosos que estava no cativeiro.  reconhecido pela vítima, que seria um traficante da Folha 12.

“Eu tinha uma dívida com ele, foi um período da minha vida que eu estava envolvido com drogas”, relatou Maicon, que garantiu não ser mais usuário.

Maicon foi de Imperatriz para Marabá no dia 27 de janeiro. Ele estava de passagem pela cidade e, no dia seguinte, seguiria para outros municípios para realizar vendas de óculos. A vítima acredita ter sido reconhecido ao sentar na porta da casa da tia.

Sobre o cativeiro, a vítima relata que permaneceu em um quarto sem estar amarrado. No local, havia uma cama box, um sofá, e ele ficava na companhia de um cachorro.

“Me davam comida quando iam colocar para o cachorro, apenas a água era oferecida com frequência”, diz, descrevendo ainda que a casa tinha uma “movimentação intensa”, acreditando se tratar de um ponto de vendas e uso de drogas.

Segundo Maicon, a dívida com Neguim seria de R$ 450, mas estavam cobrando R$ 7 mil para o libertarem e devolverem a moto.

A vítima disse também que viu Neguim apenas no dia que foi capturado. Segundo Maicon, ele acredita que Neguim o usou para pagar uma dívida com outros traficantes

SEPULTAMENTO ERRADO

No tempo em que esteve em cativeiro, os familiares de Maicon, que achavam que ele tinha morrido, reconheceram um corpo como sendo o do desaparecido. Eles, então, realizaram o sepultamento do tal cadáver.

O corpo sepultado por engano ainda não foi identificado.

Fonte: Dol



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