O pedreiro Emerson Cláudio Favero, 42 anos, que assassinou a namorada Rosenilda dos Santos, 38 anos, em Sidrolândia, prestou depoimento e disse que cometeu o crime por não aceitar o fim do relacionamento, que teria acabado no dia 31 de janeiro deste ano.

Após o crime, ele tentou suicídio, ficou internado na Santa Casa de Campo Grande e teve alta no último sábado (29). Agora, permanece em uma cela do município de Sidrolândia e aguarda vaga em um presídio da Capital.

Nessa segunda-feira (2), a Polícia Civil concluiu o inquérito do feminicídio.

“Ontem nós fizemos o interrogatório, ele confessou que queria reatar o relacionamento, mas ela não queria. No dia, ele contou que foi decidido, falou que foi para reatar, mas que também já foi pensando que se ela não voltasse, ia matá-la, que se ela não fosse dele, não seria de mais ninguém”, diz a delegada responsável pelas investigações, Thais Duarte Miranda.

O pedreiro mostrou, durante o depoimento, sentimento de posse com relação à Rosenilda.

“Quando perguntamos se ele amava a Rosenilda, ele falou que amava muito ela. Ele disse que começaram a discussão porque ela não queria voltar, e o expulsou da casa. A filha viu a cena e tentou defendê-la com a arma de choque, que não funcionou”, diz a delegada.

A arma de choque, teaser como é conhecido, teria sido comprado justamente após as ameaças de Emerson.

“A filha contou que a mãe comprou, pois já tinha relatado ameaças por parte de Emerson. Ele não confirmou as ameaças, mas acredito que exista sim, devido ao relato da adolescente”, diz a delegada.

Ele já tinha uma passagem por lesão corporal, no âmbito de violência doméstica, em 2011. Agora, ele vai responder por feminicídio.

O caso

Rosenilda dos Santos Além, 38 anos, foi assassinada a facadas, no dia 24 de fevereiro na Rua Espírito Santo, Jardim Olenka, em Sidrolândia.

Emerson entrou escondido na casa da namorada, a emboscou de costas e a levou para o quarto, onde a jogou na cama e desferiu diversas facadas.

A filha da vítima, de 18 anos, tentou parar Emerson com uma faca de serra, mas sem sucesso. Rosenilda teria pedido para a filha pegar uma arma de choque, que também falhou em parar o agressor.

Emerson tentou suicídio, mas foi resgatado com vida.

A vítima morreu com, ao menos, 20 perfurações profundas