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Shoppings de Goiás e lojas da Região da 44 fecham a partir de quinta-feira para tentar impedir avanço do coronavírus

Representantes dos shoppings centers de Goiânia e de lojas da Região da 44 decidiram acatar decreto do governador Ronaldo Caiado (DEM) e vão fechar as portas por 15 dias em ação contra o coronavírus. Durante reunião, ficou definido que os estabelecimentos vão parar as atividades a partir da próxima quinta-feira (19). A medida vale para todos os shoppings de Goiás.

A decisão foi tomada durante reunião de Caiado com o setor na tarde desta terça-feira (17) e atende a um pacote de medidas implementadas para tentar coibir a disseminação do vírus.

No caso dos shoppings, haverá uma particularidade: as áreas de alimentação irão funcionar, mas somente para atender o serviço de entregas. Também poderão abrir farmácias e supermercados situados dentro dos centros de compras. Não haverá circulação de clientes ou funcionários de outras áreas.

O presidente da Associação Empresarial da Região 44 (AER-44), Jairo Gomes, estima perda de R$ 300 milhões em vendas durante o fechamento. Para tentar amenizar o impacto, a Goiás Turismo, agência do governo responsável por alguns financiamentos, vai estudar linhas de créditos ao comércio.

“A linha de crédito é porque temos quase 15 mil lojas e quase 80% é micro empreendedor e essas pessoas não podem ficar 15 dias paradas. O governador escalou a Goiás Turismo para cuidarmos desse micro empreendedor porque se matarmos eles, estaremos matando toda a região da 44”, esclarece Gomes.

Um ponto que ainda será discutido e decidido é a possibilidade de redução de impostos estaduais durante o período.

Segundo Jairo Gomes, o governador vai colocar a Polícia Militar na Região da 44 para retirar eventuais ambulantes que estiverem nas ruas. “O governador foi taxativo. A PM vai atuar com força. Então vamos ter uma situação na 44 sem ir e vir de pessoas. Nos pediram que a região fique quase deserta. O que vai ter lá é pessoas entrando e saindo de shoppings, mas apenas o administrativo”, explica.

Na parte de shoppings centers, o presidente da Associação de Lojistas do Flamboynat (Aslof), Raphael Souza Rios, disse que tentou apresentar propostas ao governador, mas que o foco é não deixar o vírus se espalhar pela cidade.

Os supermercados que funcionam dentro de shoppings vão ficar abertos por se tratarem de fornecimento alimentício à população.

“Só não vão fechar supermercados dentro de shoppings e a parte de entregas. Quem tem entregas e a cozinha matriz é dentro do shopping, vão continuar atendendo. E vão continuar entregando produtos à população”, declarou Rios.

Lojas de rua

O presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Goiás (Fecomércio de Goiás), Marcelo Baiocchi, já tinha confirmado que as lojas e estabelecimentos comerciais de rua já iriam fechar as portas. As exceções são lojas que ofereçam itens e serviços básicos, como supermercados e farmácias.

Entre os lugares que devem deixar de funcionar estão empresas de bens, serviços e turismo, como lojas de roupas, calçados, bares, boates, clubes entre outros.

Fonte: G1 Globo



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