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ACIM e Sindicom dizem que comércio se mantém aberto por decreto estadual

O presidente da Associação Comercial e Industrial de Marabá (ACIM), Raimundo Nonato Júnior, em entrevista coletiva na manhã desta quarta-feira, 22, junto com o vice-presidente do Sindicato do Comércio de Marabá (Sindicom), Raimundo Neto, informou que o comércio em Marabá está atualmente seguindo o Decreto Nº 609 de 16 de março de 2020, do governo do Estado. Na terça-feira, 21, o governador Helder Barbalho incluiu ainda recomendações para início e término do horário de funcionamento de estabelecimentos industriais, comerciais e de serviços.

Segundo Raimundo Júnior, as recomendações de horários presentes na atualização do decreto estão sendo seguidas na medida do possível, já que não são determinações e algumas questões devem ser observadas. “Um exemplo são as padarias, que o horário recomendado é das 6h às 16h, mas há uma incoerência já que muitas pessoas se alimentam de pão à noite, para substituir um jantar fardo por um lanche. Então, o horário será cumprido na medida da coerência, sem desrespeitar o decreto”, explica Júnior.

Além dos horários, o presidente da ACIM disse que os empresários estão sendo orientados a manterem o bom senso em seus estabelecimentos, visando à proteção dos funcionários e clientes. Outro fator destacado foi o pequeno número de demissões, apontado por Júnior, já que a decisão da Justiça do Trabalho de suspender o comércio por 30 dias pode dar caminhos diferentes para a questão do emprego em Marabá.

“Caso a decisão da Justiça do Trabalho prevaleça, não teremos como garantir que os comerciantes irão manter os empregos, pois se não temos receita, não há como pagar os colaboradores, então a saída será demitir, até prevendo que pode não haver verba para pagar as rescisões. Há muitos empresários com a água no nariz, sem ter dinheiro para pagar essas verbas rescisórias, e isso pode aumentar a demanda da Justiça do Trabalho com processos de reinvindicação dessa verba”, esclareceu Júnior.

Para o vice-presidente do Sindicom, há outras demandas que os decretos não estabelecem para ajudar os comerciários. “A maioria dos estabelecimentos funciona em locais alugados, e não houve redução de valores. Há a questão dos fornecedores, que alguns aumentaram os preços devido à falta de certos produtos, ou por estarem sendo atingido pela crise”, cita Raimundo Neto.

Sobre a questão do emprego, Neto acrescentou que atualmente os empresários estão buscando outros meios para evitar a demissão, como redução da jornada de trabalho e salário. “No momento estamos passando por essa crise, e tentamos segurar ao máximo que podemos. Até agora, temos conseguido manter os trabalhadores, mas com os decretos que estão saindo, ficamos sem ter a certeza de até quando podemos manter a normalidade”, finalizou Neto.

Vale lembrar que a atualização no Decreto Estadual nº 609/2020 trouxe medidas para evitar aglomerações em locais que podem atender de portas abertas, como confecções, marcenarias, metalúrgicas, depósitos e distribuidoras, materiais de construção, atacados, oficinas mecânicas e lojas de peças, pet shops, profissionais liberais, agências de viagens, salões de beleza, entre outros. (Zeus Bandeira e Ulisses Pompeu)

Fonte: correiodecarajas.com.br



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