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Estudo revela possibilidade de colapso do sistema de saúde na Amazônia

Estudo do INPE e do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais revelou que o desmatamento na Amazônia junto com as queimadas podem levar o sistema de saúde da região ao colapso durante a pandemia do novo coronavírus.

Pesquisadores das duas instituições compararam os dados do sistema DETER, que gera alertas de desmatamento para auxiliar a fiscalização ambiental, e identificaram que entre agosto de 2019 e maio de 2020, as áreas desmatadas na Amazônia ultrapassaram os 6 mil km², 66% a mais que no período anterior.

Ainda segundo o levantamento, o ritmo acelerado da devastação ajuda a explicar outro aumento, os das queimadas que servem para limpar as áreas desmatadas. Nos últimas 10 meses, os focos de incêndio superaram os que foram registrados em todo o ano passado.

Segundo os pesquisadores, o início deste ano choveu menos na Amazônia em relação a média histórica, justamente na época ideal para recarregar os lençóis freático e preparar a floresta para resistir as queimadas no período mais crítico, de julho a outubro. Para piorar, o tempo ainda deve ficar mais seco. A temperatura no norte do oceano Atlântico deve ser a mais alta nos últimos 62 anos, o que pode reduzir as chuvas principalmente no Acre e no Amazonas.

O estudo também alertou para o risco das queimadas durante a pandemia. Segundo a pesquisa, os incêndios florestais na Amazônia são responsáveis por até 80% da poluição atmosférica, que é capaz de se espalhar por toda América do Sul. A conclusão é que pode haver um aumento de doenças respiratórias em um momento em que muitos hospitais já estão sobre carregados com pacientes da Covid-19.

A população mais afetada é a que vive na região norte, onde a estrutura de saúde é menor em relação a outras regiões do país. O Pará e o Amazonas, por exemplo, estão entre os estados com os maiores números de casos e de mortes pela Covid-19, e a doença se espalha pelo interior.

“A gente recomenda que essa epidemia seja contida o mais rápido possível e os posicionamento estratégico, além de ações de fiscalização e monitoramento sejam integradas”, disse Luiz Aragão, pesquisador do INPE. (Fonte:G1)

Fonte: correiodecarajas.com.br



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