Depois de diversos escândalos de corrupção na saúde, o médico Alberto Beltrame continua oficialmente secretário de saúde do Pará, apenas afastado por 30 dias para tratamento de saúde pelo governador Helder Barbalho, que para seu lugar nomeou temporariamente um delegado da Polícia Federal, Rômulo Rodovalho, secretário adjunto de gestão operacional da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Segup). Pela edição extraordinária do Diário Oficial do Estado (DOE) de quarta-feira, 1º de julho, Beltrame ainda recebe um mês de salário como secretário e, durante esse mês, a saúde pública do Pará fica sem comando de especialista em saúde.

Segundo o texto do DOE, o afastamento de Beltrame conta a partir desta quinta-feira, 2, e segue até 31 de julho, mas não menciona se ele retorna às suas atividades no governo do Pará. Beltrame é alvo de investigação da Justiça do Pará e até do Ministério Público do Rio de Janeiro, investigado por corrupção enquanto foi ministro no governo de Michel Temer. No Pará ele é investigado em ação de improbidade administrativa protocolada pelo Ministério Público do Estado do Pará (MPPA).

São diversas acusações pelas compras feitas em meio à pandemia do novo cornavírus no Pará. Além de participar do esquema dos respiradores comprados da China com defeito enquanto as mortes e notificações positivas para os casos da covid-19 cresciam por todo o Pará, o titular da Sespa, Alberto Beltrame, se envolveu em vários escândalos.

O Portal Roma News fez um levantamento e relembra as ações desastrosas do médico escolhido pelo Governo do Estado para conduzir a secretaria de saúde, entre as quais que, após o governo decretar estado de calamidade pública, o Pará protagonizou a compra de kits de lanches superfaturados, assim como gorros, que além do alto preço, foram adquiridos de uma empresa de materiais de construção.

Outro contrato milionário foi referente ao aluguel de ambulâncias para os hospitais de campanha nos municípios de Belém, Marabá, Breves e Santarém, que, sem licitação, cada ambulância custaria por mês R$ 450 mil, com o valor total do contrato chegando a R$ 7.840.000,00, além de outros contratos detalhados na matéria vinculada a esta, acima.

Confira a publicaçãpo do governo do Pará: