O verão no Pará nesta pandemia de coronavírus é marcado por restrições, bares fechados, restaurantes funcionando com horário definido, capacidade reduzida e mantendo distanciamento entre clientes. Diversas praias e balneários estão proibidos no estado, como medida de prevenção, já que podem gerar aglomerações arriscadas devido à contaminação da Covid-19. Na manhã desta quinta, o Pará registra 120.731 infectados e 5.196 óbitos.
Mas mesmo assim, muitos banhistas têm buscado locais para tomar banho de praia, já que o governo do Pará, por meio do projeto de retomada, tem adotado bandeiras, determinando o que cada município pode reabrir ou não. As bandeiras de cada região determinam a liberação de cada setor, que fica a cargo das prefeituras, e preveem 36 protocolos de segurança sanitária.
Segundo os critérios determinados, cada região do estado foi enquadrada entre:
Saiba como está cada região do estado no plano de retomada:
A região metropolitana de Belém teve mudanças recentes quanto às flexibilizações. Somente bares estão proibidos, o uso de máscaras é obrigatório e o distanciamento é recomendado. O uso das praias também ainda não está permitido. No primeiro fim de semana de julho, mais de 15 mil pessoas foram retiradas de praias de Belém.
A região está com a bandeira vermelha, devido à baixa capacidade de resposta do sistema de saúde e alto nível de transmissão. De acordo com o governo, 35,62% dos leitos clínicos e 53,8% das UTIs estão ocupadas.
Em Belém, a prefeitura já havia liberado, com restrições, o funcionamento de restaurantes e similares na capital, com exceção de praias e balneários. Mas após decisão judicial, as barracas de praias e ilhas poderão reabrir, respeitando protocolos de saúde como manter a capacidade reduzida a 40%, fornecer álcool em gel aos clientes, funcionamento entre 11h às 15h e das 19h às 23h, entre outras.
O Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares do Estado do Pará (SHRBS) ainda não determinou como será a reabertura nos distritos e ilhas, pois até a noite de quarta (8) aguardava publicação atualizada do decreto municipal.
Mesmo em época de pandemia, destinos como Outeiro, Mosqueiro, Combu, Cotijuba e outras ilhas continuam sendo uns dos mais procurados no verão. Até o dia 4 de julho, esses locais somavam 1.569 casos de Covid-19, segundo a Secretaria de Saúde de Belém (Sesma), sendo 312 somente em Mosqueiro. Ações de testagem estão previstas para a população dos distritos e ilhas, ainda segundo a prefeitura.
A retomada das atividades econômicas foi considerada pela gestão municipal como a ação para reduzir os impactos econômicos gerados pela pandemia.
Em Mosqueiro, as aglomerações e uso da praia estão proibidos. Uma festa foi interrompida pela Polícia no primeiro final de semana de julho, e 36 pessoas foram levadas para a delegacia.
No caso de Cotijuba, o acesso por barco chegou a ser suspenso no final de junho e teve fiscalização reforçada pela Guarda Municipal. No primeiro fim de semana de julho, mais de mil pessoas foram retiradas das praias.
Já a ilha do Combu, conhecida pela gastronomia e passeios turísticos, os restaurantes agora podem reabrir e já estão autorizados a receber banhistas. A travessia é feita por pequenas embarcações que saem da praça Princesa Izabel, no bairro de Condor. Uma outra opção procurada no período são os passeios de barco, que podem reunir até 25 pessoas. Mais informações pelo número: (91) 98031-1222.
O Governo do Pará anunciou no dia 2 de julho que a região do nordeste do estado avançou para a Zona 3 de Controle, bandeira amarela, de combate ao novo coronavírus. De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), a região apresenta a capacidade hospitalar em risco e evolução da Covid-19 controladas.
Assim, as cidades da região têm maior liberdade das atividades econômicas com mecanismos de controles e limitações. Restaurantes podem abrir mas respeitando a capacidade máxima determinado pelo decreto de cada prefeitura, assim como o período de abertura das praias e horário de funcionamento dos restaurantes.
Veja como vai funcionar algumas praias de destaque na região do nordeste paraense:
Bragança
Na pérola do Caeté, a Prefeitura instalou uma barreira sanitária na estrada que dá acesso à praia de Ajuruteua. Lá é proibido acesso de ônibus e vans de piquenique. O acesso à praia está liberado até às 17h. Restaurantes devem funcionar com 50% da capacidade total.
“Vamos monitorar o fluxo de banhistas que vão procurar a nossa praia. Estaremos com fiscalização todos os dias para evitar aglomerações, a obediência as medidas de prevenção e também o respeito do funcionamento da praia”, afirmou o vice-prefeito e médico Mário Júnior.
Maracanã
No dia 6 de julho, a Prefeitura de Maracanã emitiu decreto proibindo o desembarque de tripulação e aportamento de qualquer pessoa ou embarcação na região litorânea do município vindo de outras cidades. A vila de Algodoal, um dos principais e mais desejados destinos de Maracanã, estará fechada. A comunidade que vive na ilha de Maiandeua decidiu que não receberá turistas durante a pandemia da Covid-19.
Marapanim
A Prefeitura de Marapanim emitiu no dia 2 de julho o decreto que regulamenta o funcionamento das praias, restaurantes e comércio não essencial durante o mês de julho.
Todas as praias do município estão com horário de funcionamento de 8h às 17h, quando o acesso é bloqueado. As orlas funcionam das 8h às 21h de segunda à quinta-feira; e de 8h às 22h de sexta-feira a domingo. Os funcionamentos das barracas vão até ás 17h, com capacidade reduzida de lugares para respeitar o distanciamento social.
Os restaurantes podem funcionar de segunda à quinta-feira, das 8h às 21h; e de sexta-feira a domingo, das 8h às 22h. Todos os estabelecimentos devem funcionar com a capacidade reduzida para respeitar o distanciamento social.
Salinópolis
Salinópolis é o município mais procurado pelos banhistas durante o verão paraense. Com praias que atendem vários gostos, a Prefeitura local determinou medidas de funcionamentos de seus balneários, além de medidas que restringem o acesso deliberado aos restaurantes.
Nas praias do Atalaia, Farol Velho e do Maçarico, o acesso será interrompido às 17h, com os restaurantes tendo que fechar às 19h, com margem de uma hora para encerra todas as contas. As barracas devem funcionar com apenas 50% da capacidade máxima do local.
O Arquipélago do Marajó, classificado como o maior arquipélago flúvio-marítimo do mundo, é formado por 16 municípios disputados durante o período de veraneio. Por conta da pandemia, os municípios adotaram medidas de segurança como forma de prevenir a propagação do novo coronavírus na região, que tem um dos menores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) do país.
No sistema de bandeiramento elaborado pelo Governo do Pará do plano ‘Retoma Pará’, o Marajó está classificado como zona laranja, de controle I. A especificação alerta sobre a capacidade hospitalar em risco e a evolução da doença em fase de atenção. Na região, a maior parte dos setores permanece restrita a atividades essenciais.
Cachoeira do Arari, Ponta de Pedras e Muaná
Mantém medidas restritivas de acesso às praias e balneários. Eventos estão proibidos a fim de evitar aglomerações. Barreiras sanitárias foram instaladas e houve redução no número de passageiros do transporte intermunicipal.
Soure e Salvaterra
Decidiram flexibilizar a abertura de algumas praias, com delimitação de horários e limitação de pessoas por mesa. Barreiras sanitárias foram mantidas a fim de controlar o fluxo de pessoas. Eventos e festas estão proibidas, bem como a circulação de veículos automotivos com equipamentos sonoros. Número de passageiros no transporte intermunicipal foi reduzido.
Chaves
Em Chaves, a entrada de turistas é proibida e praias estão abertas apenas para moradores, com aglomerações de no máximo quatro pessoas. Nas praias, o distanciamento deve ser mantido, assim como o uso da máscara, que deve ser retirada somente na hora do banho.
Reservas de hotéis são permitidas apenas em casos de hóspedes a trabalho, que devem solicitar autorização à Vigilância Sanitária para a entrada na cidade. Eventos estão proibidos e o município estabeleceu toque de recolher às 22h.
Abaetetuba
Em Abaetetuba, na região do Baixo Tocantins, todos os eventos programados para o verão foram cancelados pela prefeitura. Este ano, para evitar a proliferação do novo coronavírus, as praias não estão liberadas para os visitantes.
Segundo a Prefeitura de Abaetetuba, os acessos por meio de ramais e estradas para a Praia de Beja foram fechados e só estão sendo permitidos para moradores da localidade de Beja. A polícia está na entrada da praia para garantir que ninguém tenha acesso.
Cametá
Em Cametá, as praias permanecem fechadas no mês de julho. A prefeitura realiza uma operação de veraneiro com o apoio da Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, equipe de Vigilância em Saúde e outros órgãos de fiscalização municipais.
Barreiras sanitárias foram montadas no município, que terá fiscalização volante e fixa nas praias. “Teremos também fiscalização terrestre e fiscalização fluvial, uma vez que Cametá é uma cidade que tem muitas ilhas e as praias acabam surgindo de acordo com a maré e a gente vai manter essa fiscalização permanente durante o mês de julho inteiro”, afirmou o procurador do município, Miller Serrão.
No decreto municipal 066 há previsão de multas para quem não usar máscaras ou descumprir as normas do município para enfrentamento do novo coronavírus.
Barcarena
A praia do Caripi está aberta para funcionamento no período de 7h às 17h, quando o acesso ao balneário é bloqueado. Ônibus e vans de piquenique estão proibidos de entrar no município. Restaurantes devem funcionar com apenas 50% da capacidade total.
Mocajuba
No município de Mocajuba, a prefeitura fixou diversas placas alertando os mocajubenses sobre a interdição da praia dos Górgons, restrições na orla e nos demais pontos públicos da cidade. O objetivo é conscientizar a população e combater a disseminação do novo coronavírus.
Além da interdição, a Prefeitura de Mocajuba prorrogou novamente até 13 de julho o decreto que sobre horários de funcionamento dos estabelecimentos e serviços não essenciais, que vai de 7h às 14h durante a semana e até 12h aos domingos e feriados.
Em relação às restrições provocadas pela pandemia do novo coronavírus, o governo do Pará havia anunciado que a região do Carajás, que abrange o sudeste do estado, havia avançado para a Zona 3 de controle. Isso permitiria a abertura do comércio de rua, shoppings centers e igrejas.
No entanto, como a decisão de flexibilizar ou não as medidas parte das prefeituras, muitas cidades da região já abriram bares, restaurantes e balneários. Todos os locais devem funcionar com restrições de capacidade e horários de funcionamento reduzido.
Com as medidas de segurança mais flexíveis, veja como vão funcionar alguns balneários da região.
Parauapebas
Em Parauapebas, o que parece ser o “novo normal chegou”. No último decreto municipal, a prefeitura determinou a abertura de bares, restaurantes e casas de show na cidade. No entanto, esses locais ainda devem seguir algumas determinações, em relação ao distanciamento, para poder funcionar.
De acordo com a prefeitura, os balneários que existem na cidade ainda não estão autorizados a funcionar. No entanto, bares e restaurantes podem abrir, respeitando medidas sanitárias e com apenas 50% da capacidade.
Ainda de acordo com a prefeitura, bares e casas noturnas também podem reabrir com 30% da capacidade. Os locais seguem sendo alvos de fiscalização nos finais de semana, para averiguar o cumprimento do decreto. Na última operação, entre os dias 4 e 5 de julho, três bares que não cumpriram determinação do decreto municipal foram fechados na cidade.
A prefeitura de Parauapebas informou que na próxima semana, uma equipe da administração municipal deve realizar vistorias em bares, casas de shows e hotéis para o período de veraneio. Os locais que se enquadrarem nas determinações do decreto vão receber um selo de autorização, que deve ficar visível para os turistas e habitantes da cidade.
Em Marabá, as praias e balneários também estão liberadas durante o veraneio. Segundo a prefeitura, os espaços estão liberados a partir do dia 12 de junho e devem seguir uma série de restrições.
Ainda segundo o decreto, o acesso as praias só pode ser feito das 6h às 16h. Os trabalhadores da praia deverão manter o isolamento social dos banhistas e usar máscara. Equipes da vigilancia sanitária da cidade estarão no local para fazer a fiscalização. Além disso, veículos não poderão acessar a orla da cidade. Apenas pedestres estão autorizados a frequentar a região.
A prefeitura também determinou que, tanto nas praias, quanto na orla, a venda de bebidas alcoólicas está proibida.
Tucurui
Já em Tucuruí, balneários, casas noturnas, bares, restaurantes e lanchonetes permanecem fechados, de acordo com o último decreto municipal, publicado no dia 28 de junho. A cidade está retomando gradativamente as atividades econômicas, depois da prefeitura ter determinado o fechamento de todos os serviços não essenciais no município.
De acordo com a Prefeitura, apenas salões de beleza, lojas, academias e similares, poderão reabrir durante esse período. Todos os locais deverão manter medidas de restrição e combate ao novo coronavírus. A prefeitura orienta a população, comerciantes e comerciários a continuarem seguindo as recomendações de distanciamento, optando pelo atendimento em delivery, sempre que possível, e evitando a circulação desnecessário nas ruas.
Conceição do Araguaia, Floresta do Araguaia, Santana do Araguaia, São Félix do Xingu e Xinguara
O verão amazônico no sudeste do Pará será diferente neste ano de pandemia: as praias, muito procuradas nesse clima quente, vão ficar fechadas. A decisão foi tomada durante uma vídeo conferência entre o Ministério Público do Pará (MPPA) e 12 prefeitos da região, que concordaram em fechar as praias em julho nos municípios de Conceição do Araguaia, Floresta do Araguaia, Santana do Araguaia, São Félix do Xingu e Xinguara.
Durante a reunião virtual, realizada no dia 19 de junho, os prefeitos explicaram a dificuldade em realizar a fiscalização das praias devido a distância entre elas. Porém, alguns disseram que já cancelaram eventos, como é o caso da Prefeitura de Xinguara, que cancelou todos os eventos que ocorreriam na Praia do Pontão.
(Fonte:G1)
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