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Hospitais do Pará são acusados de comprar equipamentos com preços superfaturados em mais de 300%

Empresas que apresentaram orçamento para fornecimento de equipamentos de tomografia ao Hospital Ophir Loyola neste ano de 2020, denunciam que a direção do órgão optou por adquirir os aparelhos com preços muito acima dos valores de mercado.
No dia 29 de maio, em pleno cenário de pandemia da covid-19, a Agência Pará de Notícias divulgou matéria, anunciando que o HOL adquiriu dois tomógrafos por bioimpedância – equipamento utilizado para tomagrafia sem radiação em pacientes submetidos à ventilação mecânica -, ao custo de R$ 2,3 milhões, fornecidos pela empresa Macedo Hospitalar.
Porém, outras empresas apresentaram menor preço para fornecer o equipamento, com valores de mercado entre R$ 262 mil e R$ 300 mil à direção do hospital. Os aparelhos seriam idênticos aos que foram fornecidos pela Macedo Hospitalar, porém com valor bem abaixo, por isso, se supreenderam com a decisão do HOL de comprar pelo maior preço.
Os tomógrafos por bioimpedância da marca Timpel foram adquiridos pela direção do Hospital Ophir Loyola por cerca R$ 1,1 milhão, cada um dos dois equipamentos, apesar das propostas bem menor que a metade do preço.
No Portal da Transparência do Governo do Pará a informação é que o custo dos dois aparelhos foi no total R$ 2.337,660 milhões.
A mesma empresa também já forneceu  tomógrafos de bioimpedância do fabricante Timpel para Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará (FSCMPA), em 2017 pelo valor de mais de R$ 495 mil.
 Os denunciantes afirmam que há indício de compra irregular e superfaturamento nas compras do equipamentos, sempre em esquema com a mesma empresa fornecedora, que mesmo apresentando proposta com valores muito acima do mercado e das outras propostas com valore menores, as direções dos hospitais sempre optam pelo maior preço.
A mesma prática ocorreu, segundo os deunciantes, no Hospital das Clínicas Gaspar Viana (HCGV), que também adquiriu o aparelho com as mesmas características pelo valor de R$ 495 mil.
Além disso, os denunciantes afirmam que há evidência de outro crime nestes processos de compras de tomágrafos por bioimpedância, pois o equipamento teria sido adquirido como tomógrafo computadorizado de 128 canais. Seria uma forma de contornar o sistema comparando o equipamento com superior tanto em valor como em tecnologia.
Atravésde nota, o Hospital Ophir Loyola informou “que o aparelho citado não é o mesmo adquirido pelo hospital e que Tomógrafos Por Impedância Elétrica diferem em vários aspectos da tomografia computadorizada. Consiste em equipamentos que tem por finalidade monitorizar o paciente sob ventilação mecânica invasiva ou não invasiva, à beira do leito, em tempo real, sem nenhum tipo de radiação, dentre outros recursos que garantem mais segurança ao paciente.
A nota prossegue, afirmando que foi realizada consulta obrigatória de preços no Banco de Negócios Públicos,  e que a aquisição dos tomógrafos foi feita com valor abaixo da média nacional e que durante o processo nenhum interessado manifestou intenção de recorrer ou até mesmo entrou com recurso, a fim de impedir a contratação.

Fonte: romanews.com



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