Os hospitais do Pará têm uma proporção pior de respiradores/ventiladores mecânicos por habitante que a média nacional. São 4.817 moradores para cada respirador, o que representa uma taxa que é 1,7 vez maior que a média do Brasil, de 2.759 pessoas por respirador.
Os dados vêm de uma análise da Associated Press com base em informações divulgadas pelo DataSUS relativas a junho.
Esses equipamentos são fundamentais para tratar casos graves de Covid-19. No entanto, assim como ocorre em outros estados, diferentes áreas no Pará têm mais respiradores do que outras, o que mostra a disparidade de distribuição de equipamentos para combater a pandemia no estado e no país.
Desde janeiro, o número de respiradores em hospitais paraenses cresceu 26%, de 1.416 para 1.786, de acordo com os dados mais recentes divulgados pelo governo. Em comparação, no Brasil como um todo o número de respiradores cresceu 17% durante o mesmo período.
Ao todo, o Brasil tem 76.180 respiradores. O Pará, que tem 4,1% da população brasileira, tem 2,3% do número de respiradores do País.
O Pará tem 13 regiões de saúde, que são áreas administrativas que compartilham infraestrutura de atendimento. Dessas, a com menos respiradores por habitante é a região Marajó I. Esta região tem apenas um respirador para uma população de 244.027 habitantes. Isso significa que a região Marajó I tem uma proporção que é 88,4 vezes maior que a média nacional.
Em comparação, a região com a melhor proporção de habitantes por respirador no Pará é na região Metropolitana I. Ela tem 942 equipamentos, o equivalente a 2.376,5 pessoas por aparelho. Isso equivale a uma proporção que é praticamente igual à média nacional.
Queda no número de leitos
No dia 31 de julho, segundo o boletim da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), o Pará tinha 333 leitos de UTI adulta exclusivos para pacientes com covid-19. Nesta quarta-feira, 5 de agosto, o número caiu para 194. O que representa um aumento de 13,7% na ocupação de leitos.
Segundo o último boletim da Sespa, o Pará contabilizava 162.822 casos confirmados de coronavírus, com um total de 5.835 óbitos.
Mesmo com os dados alarmantes, parte da população paraense parece não ligar para o coronavírus. Aglomerações em festas e praias lotadas foram registrados ao longo do mês de julho, marcado pelas férias escolares.
Fonte: romanews.com
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