Um reportagem veiculada na noite deste domingo, 4, em um telejornal nacional, referente às investigações da Polícia Federal sobre o desvio de dinheiro público da área da saúde, que seriam utilizados para o enfrentamento da Covid-19 no país, mostram que os envolvidos no esquema de corrupção utilizavam o dinheiro para comprar fazendas, fazer orgias, montar adegas com vinhos caros, desfilar em carros de luxo e até comprar filhotes de animais selvagens. O Pará foi um dos estados que desviou quase 1 bilhão e 300 milhões de reais para bancar esses luxos.
Segundo a Polícia, a quadrilha que agia com participação de políticos, embolsou mais de R$ 500 milhões dos contratos assinados nos estados do Pará e São Paulo. Até uma casa de prostituição estaria sendo utilizada para lavagem de dinheiro.
Para a PF, a mente por trás do plano das chamadas “Organizações Sociais (O.S) do Crime”, é Cleudson Montali, 46 anos, médico anestesista, ex-diretor de hospitais do interior de São Paulo e, atual presidente da Associação Paulista de Medicina.
As investigações relacionadas a Cleudson duraram 2 anos e nesse meio tempo suas O.S cresceram rapidamente. Segundo a PF, ele fechou contratos com 27 cidades, em 4 estados brasileiros, entre eles o Pará, onde aparecem os contratos mais altos.
As O.S no Pará
Durante as investigações, a Polícia descobriu que Cleudson fechava negócio com um homem chamado Nicolas André Moraes, apontado como operador do esquema no Pará. De acordo com a PF, Nicolas comprou uma fazenda no valor de 300 milhões de reais com gado porte, do tipo exportação e, tinha livre acesso ao alto escalão do atual Governo paraense.
De acordo com as investigações, o governador do Estado sabia do esquema e autorizou a contratação das O.S por meio de licitações fraudulentas.
A investigação aponta que as O.S eram responsáveis pela contratação de fornecedores e empresas que deveriam realizar todo tipo de serviço nos hospitais (exames, atendimentos médicos e manutenção de computadores), mas, muitas dessas empresas eram de fachadas ou não realizavam os serviços pelas quais eram contratadas.
Segundo o Governo, em nota enviada ao telejornal, foram pagos 251 milhões às O.S para atendimento de Covid-19, entre abril e agosto e, os preços pagos pelo Estado estão abaixo da média de mercado e abaixo da tabela de referência do Ministério da Saúde.
A defesa de Nicolas informou que seu cliente só conhece o governador pela TV e que ele não tem ligação ou envolvimento com o caso.
Fonte: romanews.com
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