A sexta-feira dedicada a grandes promoções no comércio, com descontos superiores a 50%, frustrou as expectativas da maioria dos lojistas em Marabá. As longas filas que se formavam em anos anteriores na porta dos estabelecimentos, já começando na madrugada, não foram realidade nesta Black Friday. Enquanto o Procon trabalhava no combate às irregularidades, acolhendo denúncias de consumidores e averiguando em campo os preços praticados nos expositores, representantes comerciais estudavam estratégias para convencer a demanda ante a expressa perda de interesse.
Maria Zélia Lopes de Souza, coordenadora do Procon Marabá, percorreu diversas lojas do município na companhia de servidores e estagiários do órgão de proteção do consumidor. Ela atenta para o respeito ao freguês que aguarda as promoções. “O Procon se prepara para a Black Friday com pelo menos dois meses de antecedência. Nós coletamos preços para comparar com o que é praticado no dia. Assim como o consumidor, queremos ver promoção na placa. Estabelecimento que for flagrado com placa de promoção sem estar será autuado”, garante ela.
Para atestar se houve ou não baixa no valor do produto, Zélia folheava planilhas que carregava impressas nas mãos ou disponíveis em formato de arquivo no celular. “Já detectamos, inclusive, estabelecimento em desacordo. A denúncia partiu de um consumidor e nós fomos a campo examinar. Constatamos que, semanas antes, o local elevou o preço dos produtos para baixar na Black Friday. Isso é inadmissível”, queixa a coordenadora do Procon.
A Reportagem transitou pelo Shopping Pátio Marabá, na Folha 31, pelo Centro Comercial da Marabá Pioneira, pela Avenida Nagib Mutran, na Cidade Nova, e por supermercados locais para sentir a temperatura da esperada promoção de sexta-feira em um ano marcado pela crise da covid-19. O que se observou foi movimento regular em grande parcela dos estabelecimentos visitados. Nem parecia Black Friday.
Até meados da tarde, muitos produtos em promoção ainda estavam disponíveis nas lojas mais buscadas no shopping – Magazine Luiza e Lojas Americanas. Enquanto a equipe fotografava no local, consumidores pontuais deixavam, felizes, as lojas com televisores em oferta. Celulares, ventiladores, geladeiras, pneus e inúmeros produtos tiveram os preços reduzidos, mas não foi o suficiente para mobilizar a massa que costumava não perder pechincha nem de balinha.
No Colina Varejo e Atacado, situado na BR-222, o consumidor foi recebido com muita música – dois artistas e estruturas diferentes –, balões temáticos e colaboradores simpáticos. A gerente Jhenefer Duarte, na ocasião, conversou com o repórter sobre os artigos em promoção no supermercado. “A nossa Black Friday não dura só um dia, mas o mês inteiro. Colocamos lá embaixo os preços do peixe, arroz, açúcar, feijão, café e uma infinidade de produtos que só o Colina pode oferecer. Vem aproveitar”, convida.
Para atender a todos os tipos de consumidor, bebidas alcoólicas também estiveram em oferta. “Aquela cervejinha do fim de semana está garantida no Colina. Skol e Devassa estão com o preço muito em conta. Bebidas mais fortes, que antes custavam R$ 130, agora estão saindo por R$ 110. É promoção em todos os setores, do hortifrúti às bebidas”, destaca Jhenefer.
Já no Mix Atacarejo da Folha 26, também frequentado pelos repórteres do veículo, o consumidor chegou com música ao vivo e uma queima de fogos que anunciava ofertas em todas as seções do hipermercado. O arroz, que sofreu uma disparada no preço nos meses de pandemia, era um dos mais baratos da Black Friday – para se ter noção, o arroz Tio Jorge era vendido a R$ 19,50 o pacote de 5 Kg.
Clenilson Vieira, gerente de frios e laticínios, demonstrou entusiasmo com o fluxo de clientes durante o dia de promoção. “Temos muitas ofertas aos nossos clientes nesta Black Friday.
Fonte: correiodecarajas.com.br
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