As aplicações das doses de vacinas contra a covid-19 realizadas, na última terça-feira, 8, no Reino Unido, trouxeram esperanças para o mundo que enfrenta uma das mais devastadoras pandemias da história. No Brasil, a primeira sinalização de vacinação da população foi anunciada pelo Governo de São Paulo, que pretende dar início ao plano de imunização no estado em janeiro de 2021. Durante a reunião realizada, ontem, entre o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, com os governadores brasileiros, a previsão aos demais estados é para fevereiro. Com isso, entre as dúvidas que possam surgir, está sobre a vacinação para quem já teve a doença. Pois bem, vamos esclarecer.
Em agosto, o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, defendeu que, ao menos no início, a vacinação deveria excluir quem já teve a covid-19. Entretanto, especialistas na área da saúde defendem a vacinação desse grupo.
Segundo a neurocientista Mellanie Fontes-Dutra, coordenadora da Rede Análise Covid-19, tudo indica que a imunização desse grupo é necessária por trazer benefícios em relação à nossa imunidade natural.
Ao vacinar-se, cada pessoa poderá ter uma maior imunidade, reforça Denise Garrett, epidemiologista e vice-presidente do Instituto Sabin, “Nós não conhecemos muito a imunidade que a covid-19 dá e nem a da vacina. Geralmente, para algumas doenças, a vacina dá uma imunidade mais duradoura e forte. Porque é algo mais padronizado”.
A vacinação tem relação com o tipo de covid-19 que a pessoa teve. “Quem teve uma Covid-19 leve, ou quem se inoculou com uma carga viral muito pequena, pode ser que a imunidade não seja tão forte como a de quem teve uma covid-19 mais forte”, explica Garrett.
As células que promovem a defesa do corpo são acionadas conforme a gravidade da infecção. Se a contaminação for leve, consequentemente, as células do sistema imunológico inato são ativadas. Porém, caso a infecção seja grave, as células do sistema imunológico adaptativo entram em ação. Essa última é quem pode gerar uma memória imunológica e que são capazes de responder se o corpo sofrer uma segunda infecção.
“Essas células são especialistas, são recrutadas a partir das células do sistema inato. Por exemplo, quando a infecção está se estendendo e é necessária uma resposta específica contra ela, mais robusta e direcionada”, completa Fontes-Dutra.
A imunidade da vacina parece abranger vários tipos de variantes do SARS-CoV-2. Já para a imunidade ‘natural’ da doença ainda não há uma resposta.
Fonte: G1
Fonte: romanews.com
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