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Cidade do Pará é uma das que mais contribuem para o aquecimento global no mundo

Um município brasileiro de 130 mil habitantes é um dos maiores poluidores do planeta. A conclusão é de um levantamento inédito do Observatório do Clima.

É o maior estudo do gênero no mundo. Foram três anos de trabalho para medir as emissões de gases estufa de cada um dos 5.570 municípios brasileiros e os resultados foram surpreendentes.

São Félix do Xingu, no Pará, lidera com folga o ranking das cidades brasileiras que mais emitem gases que agravam o aquecimento global. Além de ter o maior rebanho bovino do país, a cidade também lidera o ranking dos desmatamentos. Resultado: as emissões de São Félix, com aproximadamente 130 mil habitantes, superam as de países como Chile, Uruguai, Croácia e Noruega.

São Félix do Xingu é uma das sete cidades da Amazônia que aparecem no ranking dos dez maiores poluidores do país – quatro são do Pará; as outras são de Rondônia, Mato Grosso e do Amazonas. São Paulo, a maior cidade do país, aparece em 4° lugar e o Rio de Janeiro, em 9°.

De acordo com o estudo, a agropecuária é a principal fonte de emissões de 65% dos municípios, seguido de desmatamento, energia, resíduos e emissões das indústrias.

“Se o agronegócio conseguir se desenvolver sem desmatar, coisa que os próprios agentes do setor dizem que é possível, a gente já está vendo na prática, a gente pode um setor agropecuário brasileiro, em vez de ser o maior contribuinte para as emissões, ser o maior contribuinte global para remoções de carbono da atmosfera”, alertou Tasso de Azevedo, coordenador do Observatório do Clima.

O mapeamento apresenta São Paulo como o maior emissor de gases estufa no setor de energia, principalmente por causa da poluição dos veículos. Serra, no Espírito Santo, aparece como maior poluidor no setor industrial, por causa da siderurgia.

Embora tenha a metade da população de São Paulo, e gere menos lixo, o Rio de Janeiro é menos eficiente que a capital paulista no tratamento dos resíduos. Por isso, lidera o ranking das emissões nacionais a partir do lixo.

Agora os pesquisadores pretendem apresentar até o fim do ano soluções para cada cidade reduzir as próprias emissões.

“Esse é o tipo de ferramenta que a gente precisa hoje para ajudar os gestores municipais a fazerem uma política de baixo carbono e amiga do clima no Brasil todo”, disse Tasso de Azevedo.

Fonte: g1.globo.com



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