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Lockdown e casos de corrupção dificultam reeleição de Helder no Pará

Depois de passar algumas semanas longe da “mira” dos críticos e opositores, o governador Helder Barbalho (MBD) voltou a ser a persona  mais criticada nas redes sociais do estado do Pará depois da decretação de um novo lockdown, na quarta-feira (3).

Os casos de suspeita de fraudes na compra de cestas básicas; aquisição de garrafas pet superfaturadas; três secretários presos; compra de 400 respiradores sem licitação; busca e apreensão no gabinete do governador; pedido de cassação por abuso de poder econômico, somados ao toque de recolher em vigor, devido a covid-19, aumentaram o desgaste de Helder junto ao eleitor.

Na visão de analistas políticos, o Barbalho filho ainda possui um pouco de aceitação na Região Metropolitana de Belém e na cidade de Santarém, no oeste do Pará. No entanto, nas regiões sul e sudeste, a rejeição é bastante acentuada, pois pouca coisa foi feita por aqui durante os mais de dois anos de gestão. Já na região nordeste, a coisa não anda muito boa para o lado do governador, conforme movimentação das redes sociais.

Nomes como Simão Jatene (PSDB); Delegado Eguchi (PSL); Zequinha Marinho (PSC) e Márcio Miranda (DEM) já estão gastando a “sola do sapato” para ocupar a cadeira mais importante do Palácio Lauro Sodré. De acordo com os “puxa saco de plantão”, o governador já começou a nomear antigos parceiros na tentativa de reconquistar a base eleitoral perdida em todo o Pará. Entretanto, para centenas de ex-aliados, Helder perdeu a simplicidade e se tornou uma cara “marrento” depois de eleito.

Há quem diga que apoiar Helder em 2022 será uma empreitada inglória, pois os casos de corrupção no governo, a estagnação na educação, a mesmice na área da saúde, somada às sete mortes ocorridas no oeste do Pará, por falta de oxigênio para pacientes com covid-19 e o desprezo da base que o apoiou em 2018 seriam obstáculos quase intransponíveis sob o ponto de vista eleitoral.

Como em política “boi costuma voar” e a máquina pública é gigantesca, Helder deverá lançar mão de um velho e conhecido expediente, a liberação de recursos para prefeitos, distribuição de cargos, celebração de contratos com vistas ao reforço da base aliada e a reconquista dos “jogados à cova dos leões” deverão dá a tônica até a data das eleições.

O repórter do Portal Debate Carajás conversou com alguns dos futuros pré-candidatos a governador e todos foram unânimes em afirmar que derrotar os Barbalho em 2022 não será uma tarefa muito difícil, pois existe munição de sobra para a batalha. “Enquanto tiver bambu, lá vai flecha”, afirma um deles. Somado a isso, a baixa quantidade de pessoas vacinadas ajuda a aumentar a ojeriza a Helder nas redes sociais no Pará.

No final da noite de ontem (7), rolava uma enquete no Instagram em Marabá com a pergunta mais ou menos assim: “Você votaria em Helder Barbalho novamente para governador em 2022?”. Dos 120 votantes, por volta de 90% responderam com um enorme “NÃO”, “DE JEITO NENHUM” ou “NEM MORTO”. Essa rejeição foi turbinada com a decretação do toque de recolher a partir de 22 horas, atingindo em cheio o comércio noturno.

Os sinais da grande rejeição estão na mesa, cabe ao nobre governador tentar se aproximar um pouco mais do eleitor. Todos já dão como certa uma derrota nas urnas do Barbalho em Marabá, pois o recado já foi passada através do apoio a Manoel Veloso (PSL) candidato a prefeito, onde o médico obteve um pouco mais de 12% dos votos na campanha em 2019, com o explícito apoio da família Barbalho.

Como dizem alguns, resta a Helder escolher o tamanho da “taca” a ser levada por ele em Marabá. Se deixar a coisa como estar, a “peia” será gigante. Caso haja investimento e a reconquistas de lideranças e eleitores, ela tenderá a diminuir de tamanho, mesmo assim, os ares para o lado do governador andam meio turbulentos na Região do Carajás.

Fonte: debatecarajas.com



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