Um mistério que vinha intrigando o marabaense desde o dia 24 de março teve sua resposta definitiva nesta Quarta-feira, dia 31: o flutuante “Rancho D’água”, que estava desaparecido há uma semana foi encontrado. Na verdade, a chalana afundou na madrugada, sem que ninguém tenha presenciado, e agora foi identificado o local onde isso aconteceu, ainda em frente à praia do Tucunaré, esta também submersa neste período devido à enchente.
Quem teve a suspeita e promoveu busca por conta própria, seguindo a trajetória natural, rio abaixo, desde onde o flutuante estava atracado antes do sumiço, foi o empresário Jânio Lara, o popular Marujo. Experiente no contato com o rio e sendo também um ex-membro da marinha mercante, ele conseguiu mirar o local onde a correnteza apresentava ritmo diferente, como se ali houvesse um pedral.
Na visão de Jânio, o fator fundamental para o naufrágio do flutuante pode ter sido a colisão dele com outra chalana, após ter se soltado. Isso teria avariado o casco o suficiente para encher d’água, favorecendo a ocorrência. Ele frisa, no entanto, que apenas o resgate poderá elucidar de vez as hipóteses.
Após confirmar sua suspeita, Jânio alertou os donos da chalana, Elysandra Ravani e Marcelo Araújo, sobre a sua teoria e os mesmos foram ao local, acompanhados de ribeirinhos que têm experiência no Rio Tocantins. O “Rancho” realmente estava lá, submerso.
A primeira providência dos proprietários foi marcar o local com boias e, nesta manhã de quarta-feira (31/3) resolverem tornar essa marcação ainda mais evidente, como forma de alertar embarcações que passem pelo local, evitando acidentes.
Pela localização, caso o flutuante consiga se manter preso pelas âncoras, como aparenta estar, é capaz que consiga submergir tão logo o rio retorna ao seu nível normal, no verão.
ENTENDA
O flutuante “Rancho D’água” foi dado como desaparecido na manhã de 24 de março, após uma noite de temporal sobre a cidade de Marabá. Um barqueiro avisou os proprietários sobre o misterioso sumiço da chalana. O sumiço também foi relatado nas redes sociais. A estrutura estava mobiliada com frigobar, botijão de gás, fogão, louças e até um caiaque.
“Perguntei a vários ribeirinhos. Ninguém viu nada”, disse Elysandra após a primeira busca que se deu com abordagem a barqueiros e ribeirinhos, os quais nada sabiam sobre a ocorrência. As buscas percorreram rio abaixo até a região do Lourenção, sem sucesso. A possibilidade do flutuante ter afundado também era levada em conta.
A última vez que esteve na estrutura, no sábado (20/3), a empresária não notou anormalidades. Marcelo também esteve por lá na terça (23) e também não percebeu nada fora do comum. (Zeus Bandeira)
Fonte: correiodecarajas.com.br
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