No dia do crime, o casal levava a criança no carrinho de bebê, quando Ângelo avistou ambos caminhando e acelerou o veículo que dirigia em direção aos três. Wagner sofreu ferimentos graves, foi socorrido pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), levado ao hospital da cidade, mas não resistiu aos ferimentos.

A menina foi arremessada do carrinho e rolou pelo asfalto. Laudiceia também recebeu atendimento médico e passou por uma psicóloga. À polícia, testemunhas e familiares da mulher disseram que o autor do crime não aceitava o fim do relacionamento.

“Foi mais maldade do que ciúmes”, desabafou a mulher. A filha de Laudicéia sofreu politraumatismo e está internada na Unidade de Terapia Intensiva pediátrica da Santa Casa de Campo Grande (MS), em Rio Verde de Mato Grosso, no interior do Estado.

“Eu ainda estou digerindo tudo o que aconteceu. Não desejo isso pra ninguém”, completou a mulher. Ela contou que viveu com Ângelo durante 11 anos e que eles tiveram um filho de 14 anos. Após 3 anos separada, Laudicéia se casou com Wagner e teve a bebê.

O autor do crime que matou o atual marido da mulher já havia ameaçado a vítima. O motivo seria a casa, onde Laudicéia morava com Wagner e os dois filhos. Ângelo mora na fazenda onde trabalhava.

“No domingo à noite, ele disse que se o Wagner não saísse da casa, iria matá-lo. Ele saiu, mas não adiantou”, relatou a viúva.

Depois do crime, o assassino ligou para a irmã da vítima dizendo não saber que Wagner estava empurrando o carrinho com a criança. “A intenção dele era ferir só o Wagner”, especula Laudicéia

A mulher afirma que nunca sofreu violência doméstica enquanto esteve casada com Ângelo, mas relata que o homem não gostava de ser contrariado.

Ângelo continua foragido. Ele foi autuado por tentativa de feminicídio, tentativa de homicídio com aumento de pena em razão da idade da criança, homicídio doloso qualificado pelo motivo torpe e posse irregular de arma de fogo.