A Polícia Civil divulgou fotografias que simulam os possíveis disfarces de Bruno Eustáquio Vieira, de 23 anos, apontado como suspeito de matar a própria mãe, Márcia Lanzane, de 44 anos. O crime aconteceu em dezembro de 2020 em Guarujá, no litoral de São Paulo. A Polícia Civil divulgou as imagens, nesta terça-feira (8), com o objetivo ajudar a localizar o jovem, que é procurado pela Justiça.
A investigação revelou que Bruno matou a mãe por meio de esganadura, dentro da residência que eles moravam, no Bairro Sítio Cachoeira. Imagens de circuito de câmeras de monitoramento e contradições nos depoimentos fizeram com que ele fosse indiciado por homicídio doloso qualificado, quando há intenção de matar. Após a solicitação da autoridade policial, a Justiça decretou a prisão preventiva de Bruno.
Jovem indiciado por homicídio doloso pela morte de mãe fez postagem após o crime em Guarujá, SP — Foto: Reprodução/Facebook
Para auxiliar na busca do jovem, a Polícia Civil divulgou fotografias em que ele aparece com barba, bigode, e até com a cabeça raspada.
Segundo a corporação, informações que auxiliem as investigações desse crime e localização do procurado podem ser realizadas de forma anônima através do telefone 181 (Disque Denuncia) ou diretamente à equipe de investigação da Delegacia de Polícia do Guarujá através do telefone (13) 3386-6992.
Na época da morte de Márcia, o suspeito chegou a lamentar a morte da mãe nas redes sociais. “Te amarei para sempre! Obrigado por tudo meu amor. Luto Eterno Rainha”, diz a publicação.
Na época do crime, os familiares relataram à reportagem que o jovem teria ligado para amigos, desesperado, e acionado a polícia, afirmando que encontrou a mãe morta em casa. Segundo a Polícia Civil, o primo da vítima relatou que o jovem contou a ele que saiu de casa pela manhã para treinar e, quando retornou, ele encontrou a mãe caída no quarto dele, aparentemente sem vida.
Inicialmente, ele não contou aos policiais sobre ter envolvimento com a morte da mãe. A primeira suspeita dos investigadores surgiu ao notarem que Márcia havia morrido muitas horas antes do pedido de ajuda.
Segundo a polícia, após a suspeita, investigadores foram até a residência da vítima e questionaram Bruno, que alegou ter sido uma morte acidental, após ele empurrá-la durante uma discussão. Ele ainda informou às autoridades, Márcia teria caído e batido a cabeça.
As câmeras do circuito interno da casa mostram, na data do crime, o rapaz andando pela casa e entrando em um dos cômodos. Ele fecha a porta e, depois de quase duas horas, abre novamente. Às 21h17, mãe e filho aparecem na porta e, segundos depois, entram em luta corporal.
Os dois caem no chão, e o jovem fica em cima da mãe. Ele prende ela pelo pescoço e, logo em seguida, começa a dar socos nela. Depois disso, o jovem sai do quarto e segue para a sala, onde continua vendo televisão. Na manhã seguinte, ele ainda sai de casa, supostamente para ir à academia, e retorna.
O caso foi investigado pela Delegacia Sede de Guarujá. O inquérito policial com o indiciamento foi concluído em 31 de maio de 2021 e encaminhado à Justiça.
O advogado Anderson Real, que representa o filho da vítima, afirma que o jovem relatou que o HD das câmeras foi fornecido por ele. “Após a morte, a polícia foi lá na residência, o levou para a delegacia e, durante o trajeto, questionou se não tinha câmera. Os policiais perguntaram onde estava o HD, e ele disse a verdade, que escondeu no forno porque estava com medo”.
Fonte: g1.globo.com
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