Uma situação preocupante foi registrada no Hospital Municipal de Marabá (HMM). Na tarde desta quinta-feira (17), pacientes indignados com a demora no atendimento relataram ao Correio de Carajás sua angustia. Pessoas que chegaram às 7 horas ainda não haviam sido atendidas até as 16h30.
Pacientes relataram que os corredores da casa de saúde estão lotados e a fila de pacientes que esperam é grande. Todos eles tinham algo em comum: estavam com a pulseira azul.
Na classificação de risco, as cores possuem significados e a azul é para casos não urgentes, onde o paciente pode aguardar sem riscos. No entanto, nove horas e 30 minutos parece demais.
A equipe do HMM informou não haver previsão para atendimento com médicos, segundo o relato dos pacientes.
Selmara Martins Silva está sentindo dores na sua lombar e desde às 7 horas não foi atendida. Ela conta que presenciou pacientes deitados nos corredores e ter ouvido de terceiros que os médicos teriam entrado em greve por falta de pagamento. “Estou indignada. Pagamos nossos impostos e quando precisamos de atendimento, encontramos essa situação”, queixa-se.
Ainda segundo a paciente, uma moça – conhecida de servidores do hospital – teria sido atendida prioritariamente, apenas por conhecer funcionários do HMM. “Fiquei chateada com essa situação”, comenta Selmara.
Joseana Paulino está na mesma situação. Chegou cedo e ainda não foi atendida até as 16h30. Ela está sentindo dores no seu braço e necessita de um raio-X, mas, o atendimento jamais ocorreu para que fosse encaminhada. “Eu tive que sair para almoçar aqui por perto, por conta da demora. Ainda assim, não fui atendida”, desabafa.
O Correio de Carajás procurou a Secretaria Municipal de Saúde para levar as reclamações dos pacientes. Em nota, foi informado que “não está medindo esforços para regularizar a escala de trabalho dos médicos do ambulatório” e que denúncias de casos de beneficiamento de pacientes – caso tenham fundamento – podem ser levadas à secretaria para providências.
Sobre a falta de médicos, a secretaria se limitou a dizer: “estamos regularizando”. Enquanto isso, Selmara e Joseana retornaram para casa sem serem atendidas.
Fonte: correiodecarajas.com.br
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