De acordo com o Boletim de Ocorrência registrado pelo padre Josinei dos Santos Lopes, na Delegacia de Polícia Civil, em Igarapé-Miri, no nordeste do estado, nesta segunda-feira (21), mesmo ele portando a original da RG e uma cópia da carteira do SUS, foi exigido dele o CPF, como ele não tinha o documento, em mãos, a responsável pela vacinação, Ana Lusia Barbosa Maia o impediu de se vacinar. A reportagem de O Liberal aguarda retorno da Guarda Municipal de Igarapé-Miri sobre o caso.
“Ela chamou os guardas municipais, fui empurrado, expulso e algemado”, afirmou o religioso da Igreja Católica Carismática. Ele gravou um vídeo dentro do local de vacinação, que curiosamente é a paróquia municipal.
No vídeo, o padre mostra a enfermeira que teria o destratado e também aponta o guarda municipal de prenome Valdir. No exato momento da gravação do vídeo, o guarda municipal se aproxima de padre Josinei e o empurra até tirá-lo do salão. Algumas pessoas também gravaram vídeos em que aparece essa cena, o guarda empurrando o padre para fora do recinto.
A enfermeira Ana Lusia, por sua vez, não se intimidou com o fato de o padre Josinei estar gravando tudo. Ela até se apresenta na gravação, dando o nome dela completo. “Sim, eu mesma, Ana Lusia Barbosa Maia”, diz a enfermeira ao ser mostrada pelo próprio religioso como a profissional que o tratou com arrogância e exigiu o CPF.
“Tenho 32 anos de idade, e mesmo sendo hipertenso e sofrer de ansiedade, mesmo assim, esperei chegar na minha faixa etária”, afirmou o padre, após a ida à Delegacia de Polícia.
O Plano Nacional de Imunização exige que a pessoa na hora de se vacinar apresente um documento de identificação que pode ser a RG ou o CPF. Não os dois documentos. Em Igarapé-Miri, a vacinação já atinge pessoas com idades entre 30 e 59 anos.
O religioso afirmou que foi vítima de perseguição política por cobrar nas redes sociais dele, na internet, ações do governo municipal de Igarapé Miri. “Exigiram o CPF, chamaram os guardas municipais, de forma arbitrária, fui preso e algemado, me empurraram, e tudo porque eu cobro ações do governo de Igarapé-Miri. Moro aqui, amo minha terra, mas por eu estar sempre inserido nas lutas sociais sou perseguido pelo governo atual”, afirmou padre Josinei Lopes.
“Me senti muito triste por essa situação, ela me constrangeu. Isso é prevaricação e improbidade administrativa, ela é a responsável pela vacinação. Já conversei com o meu advogado e vamos tomar as medidas cabíveis”, afirmou o religioso.
Fonte: debatecarajas.com
Divulgar sua notícia, cadastre aqui!