O Brasil recebeu nesta sexta-feira (25) um lote com 2,05 milhões de doses da vacina da Janssen – farmacêutica do grupo Johnson & Johnson – contra a Covid-19. O imunizante é o primeiro aplicado em dose única a ser incorporado ao programa de imunização do país.
A chegada do carregamento foi acompanhada pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e pelo embaixador dos EUA no Brasil, Todd Chapman, no Aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP).
A previsão é que um segundo lote, com 942 mil doses da vacina, chegue ao Brasil no sábado (26), completando os 3 milhões de unidades doadas pelos Estados Unidos. Por volta das 6h30, Queiroga publicou em sua conta no Twitter que estava embarcando de Brasília para Campinas acompanhado de Chapman. “Brasil e EUA unidos no combate à #Covid19!”, escreveu o ministro.
Os EUA anunciaram na quarta-feira (23) a doação de vacinas da Janssen. A Casa Branca disse que equipes científicas e autoridades legais e regulatórias de ambos os países trabalharam juntas para garantir a entrega rápida.
Um representante da Casa Branca afirmou que as vacinas foram liberadas pela Food and Drug Administration (FDA) dos EUA e saíram do fornecimento que os Estados Unidos tinham disponível.
“Estamos compartilhando essas doses não para garantir favores ou extrair concessões. Nossas vacinas não vêm com amarras. Estamos fazendo isso com o objetivo único de salvar vidas”, disse o membro da Casa Branca.
Após o anúncio, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil agradeceu aos Estados Unidos pela doação. Em nota, o Itamaraty também ressaltou os “laços de amizade e solidariedade que unem os dois países.”
Chegada de 1,8 milhão de doses
Também nesta semana, o país já havia recebido 1,8 milhão de doses da vacina da Janssen.
A primeira parte desse carregamento, com 1,5 milhão de unidades, chegou ao país na terça-feira (22), também no aeroporto de Viracopos. Depois, na quinta-feira (24), mais 300 mil doses da vacina da Janssen foram recebidas pelo país.
A Anvisa aprovou o uso emergencial da vacina da Janssen no dia 31 de março, após a análise dos estudos apresentados e conclusão de que a vacina protege contra a forma grave da doença e é eficaz para prevenção da Covid-19 em pacientes adultos.
O contrato do Ministério da Saúde com a farmacêutica prevê a entrega de 38 milhões de vacinas ao Brasil até o final de 2021. A vacina já foi autorizada em 44 países e faz parte da lista de 7 imunizantes aprovados para uso pela OMS.