A Petrobras venceu nesta sexta-feira (25) dois leilões para fornecer energia da usina termelétrica de Cubatão (SP) para as distribuidoras Light, no Rio de Janeiro, e Equatorial Energia, no Maranhão e no Pará.
Principal objetivo dos leilões foi permitir que distribuidoras pudessem fechar novos contratos no lugar dos que estão perto de acabar.
Nos últimos anos, o governo aumentou os leilões para contratação de usinas termelétricas. A energia produzida por essas usinas, contudo, é mais cara se comprada a hidrelétricas, solares e eólicas.
Leilões vencidos pela Petrobras
Nome do leilão | Distribuidoras envolvidas | Quando começa o fornecimento | Duração do contrato |
A-4 | Light, Equatorial Energia Maranhão, Equatorial Energia Pará | 2024 | 15 anos |
A-5 | Equatorial Energia Maranhão, Equatorial Energia Pará | 2025 | 15 anos |
No leilão A-4, a Petrobras venderá energia pelo preço médio de R$ 151,15 por megawatt/hora (MWh). O valor é 52,47% menor em relação ao preço-teto inicial (R$ 318).
No leilão A-5, o preço de venda foi de R$ 172,39 por MWh, o que representa deságio de 45,79% em relação ao preço-teto. Em leilões de energia, vence quem oferece o menor preço.
Nos dois leilões, o preço da energia contratada ficou abaixo do praticado atualmente: média de R$ 350.
“O custo de venda de energia dessa usina caiu em torno de 50%. É um ganho muito grande para todo o sistema [elétrico]”, afirmou Rui Altieri, presidente do Conselho de Administração da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
A CCEE é a responsável por realizar os leilões de energia, com coordenação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que segue as diretrizes estabelecidas pelo governo.
Patrus Pimenta, secretário-executivo da Aneel, afirma não ser possível dizer, no momento, o impacto para o consumidor. No entanto, disse que haverá redução do custo, já que a energia contratada foi mais barata.
Nos últimos anos, o governo tem aumentado os leilões de energia para contratação de usinas termelétricas. O objetivo é dar mais segurança à matriz energética brasileira, já que as usinas térmicas não são afetadas por condições climáticas.
Porém, são mais caras e mais poluentes se comparadas às usinas hidrelétricas, solares e eólicas.
As usinas térmicas respondem por 23% da geração de energia do país. As hidrelétricas, 61%. Já as usinas solares e eólicas têm participação, juntas, de 15%. As usinas nucleares, 1%.
Fonte: g1.globo.com
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