Os aplicativos de transportes Uber e 99 aumentaram o valor das corridas que são repassados para os motoristas. O reajuste ocorre num cenário de alta dos combustíveis em todo o país e em meio a uma série de reclamações dos trabalhadores do setor.
A Uber informou que não haverá aumento para o passageiro. Na 99, as tarifas serão reajustadas entre 10% e 25%.
Na região metropolitana de São Paulo, a Uber disse que o ganho das viagens para os motoristas com a modalidade UberX – a mais popular – foi reajustado em até 35% nesta semana.
(CORREÇÃO: O G1 errou ao informar, em reportagem publicada nesta sexta-feira (10), que a Uber faria um reajuste de até 35% no valor de suas corridas para o consumidor. A informação correta é de que este aumento não será repassado ao passageiro, o que aumenta é o repasse de ganhos para os motoristas do aplicativo. A reportagem foi corrigida às 23h40)
Segundo a Uber, a alta do preço do combustível tem feito com que a empresa promova uma revisão e reajuste “os ganhos dos motoristas parceiros em diversas cidades, em todas as modalidades”.
Questionada pelo G1, a companhia não detalhou até a última atualização dessa reportagem como o aumento do valor repassado para os motoristas será absorvido pela empresa de forma a evitar uma alta no preço da viagem para o passageiro.
A 99 informou que aumentou as suas tarifas entre 10% e 25% para o consumidor em mais de 20 regiões metropolitanas, incluindo cidades como São Paulo, Belo Horizonte, Florianópolis, Brasília, Goiânia, Fortaleza, Salvador, São Luís, João Pessoa e Maceió.
“Os constantes reajustes dos combustíveis impactaram muito negativamente os serviços de transporte por aplicativo”, informou a 99 em nota.
“O aumento revisa os ganhos dos motoristas parceiros e foi definido levando em consideração a manutenção do equilíbrio da plataforma, para possibilitar que a população continue tendo acesso a um meio de transporte financeiramente viável, seguro e eficiente”, acrescentou a companhia.
Reclamação dos motoristas
Os motoristas dos dois aplicativos vinham se queixando da alta do combustível e de como o negócio deixou de ser lucrativo.
O presidente da Associação de Motoristas de Aplicativos de São Paulo, Eduardo Lima de Souza, chegou a afirmar que 25% dos motoristas de aplicativo deixaram de trabalhar para as plataformas desde o início da pandemia.
Fonte: g1.globo.com
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