Na sexta, eles passaram por atendimentos médicos, antes das tornozeleiras serem instaladas. Equipes do sistema penitenciário passaram a semana trabalhando na instalação do sistema de fiscalização em tempo real, 24 horas por dia. Os detentos têm 7 dias para retornar às casas penais.

O diretor da Central Interna de Monitoramento, André Margalho explica que o trabalho da equipe técnica no polo prisional. “Todos os 198 indivíduos tiveram a instalação do monitoramento e estamos criando também as áreas de inclusão, que são aquelas onde efetivamente eles devem ficar nos horários de restrição. (Isso) vem trazer segurança para que a gente consiga garantir o direito da saída temporária, mas também é uma prerrogativa do Estado garantir que isso seja feito de uma forma segura”, detalha.

A saída temporária é benefício concedido pela Justiça durante o cumprimento da pena, como explica o juiz da Vara de Execuções Penais, Caio Marco Berardo. “A saída temporária é um direito previsto na lei de execução penal e deve ser efetivada da melhor forma possível, para que o preso possa chegar até o final e de forma gradativa ao cumprimento da pena”, afirma.

Segundo o sistema penitenciário do Pará, a modernização no sudeste do estado é para tentar resolver problemas antigos das casas penais e garantir mais segurança para a população.

Após o encerramento do Centro de Recuperação Agrícula Mariano Antunes (Crama), em maio deste ano, duas novas unidades foram entregues pelo governo estadual. A casa penal sofria com superlotação carcerária e registros de fugas.

As novas penitenciárias disponibilizam 506 entre o regime fechado e semi aberto, e é de onde quase 200 detentos serão liberados esta semana.