A ficha criminal de Jonas Conrado Sousa não possui apenas uma prisão por extorsão, mas também a acusação de ter agredido e golpeado com um facão a ex-companheira, com quem possui uma filha, o que por pouco não se tornou uma tragédia e elevou os índices de feminicídio.
O caso ocorreu em 2018 e está descrito em um trecho do processo ao qual o Correio de Carajás teve acesso. Os detalhes da história são revoltantes, uma vez que Jonas Conrado praticou o crime simplesmente por ter se irritado após a ex ter falado a verdade para outra mulher, com quem ele se relacionava na época.
Para a justiça, a vítima informou ter convivido com Jonas Conrado durante dois anos, relação da qual nasceu a filha de ambos. No início do relacionamento, conta, o homem aparentava ser uma pessoa calma, tranquila, mas a situação mudou algum tempo depois. Os dois passaram a se desentender e os episódios foram ficando cada vez mais violentos, com discussões intensas e agressões mútuas.
Segundo a mulher, ela colocou um ponto final no relacionamento durante uma das agressões sofridas. Na ocasião, enquanto os dois discutiram, Jonas Conrado arremessou uma xícara que a acertou.
Separados, ele se envolveu com outra pessoa. A ex, contudo, precisava manter contato com Jonas Conrado para discutir assuntos relacionados à filha de ambos. Em uma dessas ocasiões, durante uma ligação telefônica, a companheira de Jonas Conrado pegou o telefone e questionou à ex se ele costumava ir à casa dela, recebendo uma resposta afirmativa.
A resposta sincera enfureceu Jonas Conrado, que friamente armou uma emboscada para a ex-companheira. Ele telefonou para a mulher pedindo que ela fosse à casa dele. Sem imaginar o que lhe aguardava ela foi até o endereço, mas ao chegar o encontrou já com um facão empunhado.
A vítima afirma que Jonas Conrado avançou contra ela e a golpeou nas costas com a arma branca. O ataque só não foi mais grave porque a companheira de Jonas estava no local e o segurou.
Por conta desta agressão, a ex requereu medidas protetivas que impediam o homem de se aproximar dela, mas ele não obedeceu à decisão judicial e acabou preso, sendo novamente acusado à luz da Lei Maria da Penha, desta vez por ameaça e pelo descumprimento da medida.
À época, levado à audiência de custódia, foi liberado após a juíza plantonista Eline Salgado Vieira entender que a prisão não ocorreu no período flagrancial.
Atualmente, dois processos tramitam na 1ª Vara Criminal de Parauapebas por violência doméstica, um pelo ataque de facão e outro pela quebra das medidas protetivas. A vítima relatou, ainda, que o pai dela, ex-sogro de Jonas, também já foi ameaçado por ele.