Uma única câmera de segurança, posicionada na esquina entre as ruas Itacaiunas e Santo Antônio, no Bairro Altamira, em Parauapebas, já flagrou 14 acidentes de trânsito desde a recente instalação. Antes disso, segundo o proprietário do equipamento, o comerciante Enoque Cavalcante, os vizinhos contabilizaram outras dezenas de colisões.
Ele informa que a situação se agravou desde quando o tráfego das ruas mudou. Antes, a Itacaiunas era mão dupla e não funcionava como preferencial, mas desde que a rota de ônibus passou para a Santo Antônio, aquela passou a ser uma via mais rápida.
“Muita gente não conhece a mudança dessa rua. A Itacaiunas voltou a ser uma única mão e preferencial e eu que moro aqui entendo, mas muitos motoristas não sabem”, comenta.
Os acidentes registrados ocorrem em diversas modalidades: são ônibus atingindo motociclistas, motos colidindo com outras motos, carros atropelando os veículos de duas rodas, carros se chocando com outros carros e também estes sendo colhidos por ônibus.
Em uma das imagens, é possível ver até uma criança arremessada dos braços da mãe, que estava em uma moto. Em outro caso um carro chega a virar e ficar de lado na pista.
O comerciante que instalou a câmera critica as placas de “pare” colocadas na esquina para sinalização do trânsito, com cerca de dois metros e meio de altura. “Acho que é pra avião que voa baixo porque quem anda no carro pequeno não olha pra cima assim”, diz.
Uma delas acabou sendo baixada por um morador porque estava escondida em meio aos galhos de uma árvore, mas a outra continua nas alturas. Os moradores dizem, ainda, que já se manifestaram pela instalação de lombadas nas duas ruas.
Procurada pelo Grupo Correio de Comunicação, a assessoria de comunicação da Secretaria Municipal de Segurança Institucional e Defesa do Cidadão (Semsi) alegou que tem adotado medidas para a redução dos índices de acidentes no município. “Além de campanhas educativas, o Departamento Municipal de Trânsito e Transporte (DMTT), intensificou a fiscalização de trânsito em vários pontos da cidade, incluindo o bairro Altamira”, diz.
Acrescentou não ter localizado nos registros do DMTT protocolo referente à solicitação para a instalação de redutores de velocidade.
Fonte: Correio de Carajás
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