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DESGASTE Sócio da boate Kiss se desespera durante julgamento: ‘querem me prender, me prendam’

Durante a última quinta-feira, 8, o primeiro dos réus a ser interrogado no julgamento do incêndio na boate Kiss, o sócio da casa de shows, Elissandro Spohr, deu um depoimento com forte teor emocional enquanto comentava e relembrava o caso. Em prantos, Spohr disse que perdeu amigos na tragédia e disse que podem prendê-lo se quiserem, pois já está “cansado”.

Ele declarou: “Querem me prender, me prendam. Eu estou cansado, cara. Eu sei que perderam gente e tal, mas eu perdi um monte de amigos, eu perdi funcionários. Acham que eu não tinha amigos lá? Acham que eu ia fazer uma coisa dessas?” disse.

No entanto, a declaração de Elissandro despertou ira nos familiares e vítimas que acompanhavam o depoimento, que decidiram ficar em pé e de mãos dadas. Após isto, eles formaram um círculo para se amparar e alguns pais disseram que suportariam o “fingimento” de Kiko. Uma mãe chegou a falar mais alto que “ele matou nossos filhos”.

Em outro momento, ao ser questionado sobre a contratação da Gurizada Fandangueira e se tinha conhecimento de que a banda usava artefatos pirotécnicos em shows, Kiko, como ele também é chamado, disse que nunca tinha visto tal fato: “Eu não vi eles fazerem esse negócio; inclusive, não vi ninguém fazer. Ninguém me falou também se fizeram. É possível que nesse palco novo com as espumas tenha sido a primeira vez”, relatou.

Além de Elissandro Spohr, o sócio Mauro Londero Hoffmann e os integrantes da banda Gurizada Fandangueira, Marcelo de Jesus dos Santos (vocalista) e Luciano Bonilha Leão (assistente de palco) também são acusados por homicídio e tentativa de homicídio simples por dolo eventual pelas 242 mortes ocorridas na tragédia.

Fonte: romanews.com



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