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Menina de 7 anos tem carrinho apreendido e pai será indiciado por deixar a filha dirigir

No último final de semana, uma menina de 7 anos teve o carrinho apreendido pela polícia após transitar no último sábado, 1,  pelas ruas da cidade de Itapoá, em Santa Catarina. De acordo com a mãe da criança, a família mora no Paraná, mas possui uma casa de praia no litoral catarinense, onde passava o réveillon. No dia que o carrinho foi apreendido, a menina estava com o pai, responsável por conduzir o carrinho.

A família da criança publicou nas redes sociais os momentos do passeio de feriado em família, mas também registros de quando o carrinho foi apreendido, que acabaram viralizando.

No entanto, de acordo com a Polícia Militar, a família já havia sido orientada a não transitar na rua com o veículo infantil e explica que o carro infantil foi guinchado “por não oferecer condições de segurança, não possuir documentação necessária e por ser ‘dirigido’ por pessoa não habilitada”.

Enquanto a mãe da criança alega que “Simplesmente ele (o policial militar) parou a gente e já foi chamando o guincho. Eu fui mostrar a nota fiscal e ele não quis ver”, a polícia cita que o carrinho foi apreendido porque era a criança quem conduzia o pequeno automóvel no momento da abordagem, destacando também que o pai da menina vai responder criminalmente “por entregar o veículo a condutor não habilitado e menor de idade”.

A mãe da menina, Simone Franca, alega que o carrinho foi comprado no ano passado e que a família desconhecia que era necessário uma autorização especial para andar com o veículo na rua: “Não sabíamos que precisava (de uma autorização). Nós vemos mobilete, carrinho e bicicleta elétrica andar (na rua) e nunca imaginamos que não poderia. Eu disse para o policial que iríamos levar para casa e não iríamos tirar mais (da residência)”, disse.

Simone afirma que chegou a apresentar uma nota fiscal do brinquedo, avaliado em R$ 12,5 mil, para tentar retirá-lo da delegacia. Ela explica que o mini automóvel funciona com um motor de 40 cilindradas e é movido a gasolina: “Ele (o policial) pediu o licenciamento do veículo, mas eu disse que era um brinquedo e que só tinha nota fiscal”, relembra.

A família explica que voltou ao Paraná e acionou um advogado para recuperar o brinquedo e que a filha está triste com o acontecimento. “Ela (criança) tá super assustada. Ela vê viatura na rua e fica assustada” porque no momento da abordagem a polícia teria insinuado que a menina não veria mais o brinquedo “Disseram que eu teria que pagar o guincho e eu disse que pagaria. Aí eu perguntei qual seria o procedimento para retirar o veículo. Ele me disse: eu acho que a senhora nem tira mais esse carrinho. Na hora que ele falou, a minha filha estava do meu lado. Ela chorava e tremia muito. Perguntando se não ia mais ver o fusquinha dela. Foi um desespero total. Mexeu muito com o psicológico dela”, relembra Simone.

Para ter o veículo de volta é necessário esperar a abertura do fórum da cidade para dar início ao trâmite de recolhimento, porém o recesso do Poder Judiciário da cidade só termina nesta quinta-feira, 6.

Fonte: romanews.com



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