Um problema que se arrasta há décadas, voltou a perturbar a vida de pais e alunos que não conseguem uma matrícula, nas escolas de ensino médio em Marabá. O problema é antigo, mas se agravou com a implantação de 4 escolas de ensino integral devido à redução do número de vagas ofertadas e o aumento da demanda.
Há 18 anos não se constrói uma nova escola de ensino médio em Marabá. A Escola Geraldo Veloso, no Bairro Novo Horizonte, foi a última unidade de ensino que foi levantada, no início dos anos 2000. Desde essa época, a cidade cresceu bastante, mas nenhuma nova unidade de ensino foi construída pelo governo do Pará.
Durante a campanha de 2018, o então candidato Helder Barbalho (MDB) prometeu novos investimentos para melhorar o ensino médio, mas as promessas não saíram do papel. Em mais de 3 anos de gestão, o governador inaugurou apenas uma reforma incompleta (errada) na Escola Plínio Pinheiro, no Bairro Marabá Pioneira, e começou a reconstrução, que nunca termina, da Escola Gaspar Viana, no complexo Nova Marabá.
Em época de matrículas, pais e alunos comem o “pão que o diabo amassou” para se conseguir uma vaga nas escolas públicas de Marabá. Professores ouvidos pelo Portal Debate Carajás afirmaram que houve um erro estratégico da 4ª Unidade Regional de Ensino (4ª Ure) na época de implantação das escolas de tempo integral. Para se implantar as 4 novas escolas, ocorreu a redução da oferta de vagas, mas não houve uma preocupação de se ofertar essas matrículas represadas em um novo colégio.
O Conselho Tutelar, Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) e a Vara da Infância e Juventude estão “comendo moscas”, porque não se ver nenhuma ação efetiva destes órgãos defensores e fiscalizadores de políticas públicas voltadas para os jovens em Marabá. De acordo com o “Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”, logo a sociedade não pode permitir a ocorrência do básico: a falta de vaga para matrícula.
A Reportagem procurou o Prof. Magno Barros, Diretor da 4ª Ure, sobre uma solução para se resolver o problema da falta de vagas para matrícula de alunos novatos. Ele disse que, no final do ano letivo de 2021, previsto para se encerrar em 18 de fevereiro de 2022, se for preciso, a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) irá alugar prédios para se criar novas escolas de ensino médio em Marabá. (Portal Debate Carajás)
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