A Justiça do Pará condenou nesta terça-feira (10) Djacir Ferreira de Sousa a 42 anos, 8 meses e 28 dias de prisão pelo crime de triplo homicídio. O réu foi o autor do assassinato da procuradora de Itaituba, no sudoeste do estado, da filha dela e de uma funcionária da família, em fevereiro de 2014. O julgamento ocorreu no Tribunal do Júri da Comarca de Itaituba, no Pará.
O ex-marido da advogada, o advogado Altair dos Santos, é acusado de ser o mandante do assassinato por não aceitar o fim do relacionamento. O processo dele tramita de forma separada na justiça.
A procuradora Leda Marta Lucyk dos Santos, de 40 anos, a filha dela, Hanna Estela, de 10 anos, e a funcionária Taynara Siqueira foram encontradas mortas por volta de 20h do dia 22 de fevereiro de 2014, dentro da loja de propriedade da advogada, em Itaituba.
Segundo a Polícia Civil, o homicídio aconteceu entre 8h e 10h. Os corpos foram encontrados por uma tia da funcionária da loja, que sentiu falta da sobrinha que costumava chegar cedo aos sábados e não estava atendendo o celular. Ao chegar à loja, a tia viu os corpos e chamou os bombeiros.
O circuito interno de filmagem do local onde aconteceu o crime registrou o momento em que Djacir entra antes e sai após o crime da loja. A faca usada para matar as três pessoas foi encontrada em uma lixeira distante uns 60 metros do local.
O ex-marido de Leda, Altair dos Santos, foi apontado pela polícia como o mandante do crime. Ele chegou a ter a prisão preventiva decretada dois dias após os assassinatos, por suspeita de ter encomendado a morte da esposa e da própria filha por não ter aceitado a separação. Recentemente, ele foi colocado em liberdade, condição que mantém atualmente.
Segundo Pânysa Monteiro, assistente de acusação representando a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Pará e vice-presidente da Subseção Santarém, o réu condenado como executor do crime alegou que Altair dos Santos foi o mandante dos assassinatos. “”O mandante do crime foi citado nominalmente pelo hoje condenado. O condenado além de confessar o crime ele reconheceu uma foto como sendo a pessoa que o contratou para executar a ex-esposa, sendo pago R$ 5 mil para fazer o serviço”.
Será instaurado um processo administrativo para pedir a cassação do registro da OAB do então advogado.
“A OAB está atuando na assistência de acusação. Estamos nesse caso porque a vítima além de ser uma advogada, foi morta em um crime bárbaro. A classe não ficou inerte na busca da justiça nesse caso. Buscamos uma resposta para sociedade. Desde o início estamos acompanhando o processo”, informou Pânysa, que atua no caso como assistente de acusação representando a Ordem dos Advogados do Brasil, ao lado de Braz Mello, presidente da Comissão de Prerrogativas da Seccional Pará, e Joseane Loiola, presidente da Subseção Itaituba.
Fonte: romanews.com.br
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