A Coreia do Norte confirmou sua primeira morte por Covid-19 desde o início da pandemia nesta sexta-feira (13 local, quinta-feira no Brasil), informaram as autoridades do país.
Ao menos mais seis mortes de pacientes que apresentaram febre são investigadas, mas não há confirmação oficial de que eles foram infectados com a doença.
Segundo as estatísticas oficiais, mais de 187 mil pessoas estão em isolamento sob suspeita de infecção pelo coronavírus.
O anúncio vem um dia após ter sido declarado o primeiro surto de Covid-19 no país desde o início da pandemia.
Surto após dois anos de negação
A Coreia do Norte reconheceu na quinta-feira (12) seu primeiro surto de Covid-19 no país desde o início da pandemia e declarou uma “grave emergência nacional”.
O líder norte-coreano Kim Jong-un ordenou o confinamento em todo o país que, desde 2020, fechou ainda mais suas fronteiras para o exterior, o que derrubou sua economia e comércio.
Fábricas, estabelecimentos comerciais e residências devem permanecer fechados e reorganizados para “bloquear de maneira impecável a propagação do vírus maligno”, informou a agência estatal.
Durante toda a pandemia, a Coreia do Norte expressou orgulho por sua declarada capacidade de manter o vírus fora de suas fronteiras.
País pode não ter vacinado população
Analistas acreditam que a Coreia do Norte não vacinou nenhum de seus 25 milhões de habitantes depois de rejeitar as ofertas de doses da Organização Mundial da Saúde (OMS), da China e da Rússia.
Também consideram que o deficiente sistema de saúde do país isolado enfrentaria muitas dificuldades para enfrentar um grande surto de Covid-19.
A Coreia do Norte fica próxima de países que enfrentaram ou ainda enfrentam surtos da variante ômicron, como Coreia do Sul e China, onde várias cidades estão em confinamento há várias semanas.