O ex-presidente também disse que se sentia como se estivesse comemorando “bodas” com Geraldo Alckmin, como se fossem amigos há mais de 50 anos, e que “cotoveladas” do passado não comprometeram o respeito que eles têm um pelo outro.
Fontes que estavam no jantar disseram ao blog que ele elogiou o pessebista pelo menos quatro vezes e que ele disse estar mais animado agora para um eventual governo do que em 2003, quando tomou posse pela primeira vez.
Lula também quis reforçar que um futuro governo seu com Alckmin teria caráter conciliador. “Eu não vou fazer nenhuma medida abrupta sem ouvir sociedade, empresários, Congresso. Vocês me conhecem”, disse o pré-candidato ao PT.
“Quero colocar empresário para conversar com trabalhadores. Quero viajar para fora, recuperar a imagem do Brasil”, afirmou.
Também fez uma crítica indireta a Bolsonaro, enfatizando que nunca enfrentou ministros do STF de forma personalizada. “Eu nunca chamei ministro do STF para o ringue, mesmo quando estava preso. Não é do meu feitio”, disse Lula.
Alguns empresários presentes relataram ao blog que, Lula chegou a dizer que se perguntarem de quem ele não gosta e teria raiva, só do ex-ministro da Justiça e ex-juiz Sergio Moro.
Petistas presentes disseram ao blog não terem presenciado esse recado mas que pode ter sido a um grupo menor.
Outro tema do encontro tratado por Lula foi a política de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) de um possível governo . Lula disse que a grande política será de microcrédito, focada nos pequenos e médios, mas “sem inviabilizar ambiente de negociação da grande empresa”.
O jantar no apartamento de Renault reuniu 30 pessoas. Entre os empresários presentes estavam, entre outros, João Camargo (Grupo Esfera), Pedro Silveira (Upon Global Capital), Carlos Sanchez (EMS), Cândido Pinheiro (Hapvida), Matheus Santiago (Ageo Terminais) e Rosângela Lyra (ex-representante da Dior no Brasil).