“Qualquer emoção extrema costuma ser desgastante: a felicidade intensa pode esgotar muitos dos circuitos do cérebro; a tristeza profunda pode estar relacionada à ansiedade, que sobrecarrega o cérebro e faz você se sentir muito cansado.”
“O importante é estar consciente do que você está sentindo”, diz a especialista.
“Se você está muito emocionado, pergunte a si mesmo: preciso fazer uma pausa, um lanche, um banho rápido… o que preciso fazer para me acalmar no momento?”
“Respire fundo, faça alongamentos e caminhe um pouco”, aconselha.
3. Os planejamentos
Planejar é uma maneira de controlar a realidade, de organizar a vida, de conter o caos.
Mas, novamente, algo que instintivamente colocaríamos no pacote de coisas que causam alívio pode justamente causar estresse.
Nesse caso, aplica-se novamente a afirmação de que (quase) tudo em excesso é ruim.
O planejamento é muito útil – até certo ponto.
Estar constantemente exposto a uma agenda cheia de obrigações pode causar aumento da ansiedade e afetar negativamente a memória e a velocidade de processamento de informações.
“Algumas pessoas passam tantas horas organizando horários e listas que não são capazes de viver conscientemente e desfrutar de suas vidas. Sempre estão preocupadas, porque se atrasaram nisso, não estão em dia com aquilo e, realmente, não sentem autocompaixão e gratidão por si pelas coisas que conseguiram realizar naquele dia.”
“Isso pode causar muitos sentimentos de tristeza, desmoralização ou fadiga.”
“Em algumas pessoas, isso termina nos seus sonhos.”
“Tenho pacientes adultos que sonham que vão chegar tarde na escola, que não terminaram a tarefa… Há muitos sonhos que os levam a regressar à infância, onde sentem que estão constantemente atrasados, e isso faz com que eles não se sintam bem na manhã seguinte.”
“Sempre recomendo passar de cinco a dez minutos apenas pensando sobre quais são os principais objetivos do dia e, no final do dia, mesmo que não tenham sido alcançados, não gaste muito tempo pensando neles. Pense naqueles que foram alcançados, em por que eles são importantes”, diz Magavi.
A psiquiatra também recomenda não fazer planos com muita antecedência, “porque a vida está sempre evoluindo, e é importante ser flexível”.