As areias da Praia de Copacabana passaram a fazer parte da “maior corrente humana do mundo”, nas palavras do artista francês Guillaume Legros, de 33 anos, o Saype — uma contração de Say Peace [diga paz, em tradução livre]. É pelas mãos dele que 30 cidades nos cinco continentes vão dar as mãos com megapinturas no chão… de mãos entrelaçadas.
O Rio de Janeiro é a 15ª etapa do Beyond Walls, como Saype batizou o projeto. Na semana passada, o francês desenhou no Posto 2 de Copacabana e no Morro do Zinco, no Estácio, onde jogou bola com moradores Arte efêmera
As pinturas são tão grandes que só do alto dá para ver, mas a da praia já sumiu — as tintas que o francês usa são biodegradáveis, à base de carvão vegetal e giz, e se esvaem rápido.
“Impactar as pessoas, sem impactar a natureza”, diz Saype.
“A ideia é que as obras seriam efêmeras, que vem do budismo: a obra fica na memória, mas não no solo. E isso me dava possibilidades infinitas. Mas para ter sentido, eu precisaria encontrar, obrigatoriamente, uma maneira ecorresponsável de fazer isso, então passei um ano pesquisando uma receita de tinta que está em evolução desde 2012″, conta.
Além de pesquisas ambientais com os pigmentos que são usados, há estudos de solo, fauna e flora antes de pintar, durante e até três anos depois, para se ter uma imagem do impacto ambiental. Os pigmentos são enviados várias vezes para análises na França e em Miami
Fonte: g1.globo.com
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